sábado, 8 de março de 2025

Em Fortaleza, 68% das mulheres já foram vítimas de alguma forma de assédio


Foto Tribunal da Justiça da Paraíbaba
No Brasil, 75% das mulheres que moram em dez das maiores capitais brasileiras já sofreram algum tipo de assédio. É o que diz a pesquisa Viver na Cidade: Mulheres, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC). 

Embora Fortaleza esteja entre as que registram as menores taxas, o percentual ainda é maior que a metade: 68% das mulheres já foram vítimas de alguma forma de assédio. A pesquisa foi realizada também em Belém, Porto Alegre, Goiânia, Manaus, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Em todo o Brasil, 3 em cada 4 mulheres já sofreram assédio, considerando o total da amostra nas dez capitais. Em Fortaleza, levando em consideração as situações de violência, 49% já sofreram assédio na rua ou em outro espaço público, 46% no transporte público e 28% no ambiente de trabalho. Além disso, 26% afirmaram já ter sofrido alguma forma de assédio em bares e casas noturnas, 34% no ambiente familiar e 18% em transporte particular, como moto-táxi, táxi, Uber e 99.

Na capital cearense, a pesquisa ouviu 300 pessoas. Destas, 173 foram mulheres e 146 foram homens, com margem de erro de 6 pontos percentuais.

COMBATE

Quando perguntados sobre medidas prioritárias para combater a violência doméstica e familiar, 50% do total de 300 entrevistados, responderam “Aumentar as penas contra quem comete a violência contra a mulher”; 45% “Ampliar os serviços de proteção a mulheres em situação de violência em todas as regiões da cidade”; 34% “Agilizar o andamento da investigação das denúncias” e 28% responderam “Criar novas leis de proteção à mulher”.

Além disso, 28% dos ouvidos na pesquisa respondeu “Fortalecer os serviços de assistência social em todas as regiões da cidade”; 19% “Treinar funcionários para que possam acolher melhor as mulheres que procuram os canais de denúncias”; 27% “Criar políticas de segurança comunitária, aproximando a população dos agentes de segurança”. Por fim, 19% disseram “Promover campanhas de conscientização”; 16% “Melhorar a atuação dos canais de denúncias” e 10%, “Divulgar mais os canais de denúncias”

Com informações do Site Opinião CE.