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Foto Tribunal da Justiça da Paraíbaba |
No
Brasil, 75% das mulheres que moram em dez das maiores capitais
brasileiras já sofreram algum tipo de assédio. É o que diz a pesquisa
Viver na Cidade: Mulheres, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis
em parceria com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria
Estratégica (IPEC).
Embora
Fortaleza esteja entre as que registram as menores taxas, o percentual
ainda é maior que a metade: 68% das mulheres já foram vítimas de alguma
forma de assédio. A pesquisa foi realizada também em Belém, Porto
Alegre, Goiânia, Manaus, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
Salvador e São Paulo.
Em
todo o Brasil, 3 em cada 4 mulheres já sofreram assédio, considerando o
total da amostra nas dez capitais. Em Fortaleza, levando em
consideração as situações de violência, 49% já sofreram assédio na rua
ou em outro espaço público, 46% no transporte público e 28% no ambiente
de trabalho. Além disso, 26% afirmaram já ter sofrido alguma forma de
assédio em bares e casas noturnas, 34% no ambiente familiar e 18% em
transporte particular, como moto-táxi, táxi, Uber e 99.
Na
capital cearense, a pesquisa ouviu 300 pessoas. Destas, 173 foram
mulheres e 146 foram homens, com margem de erro de 6 pontos percentuais.
COMBATE
Quando
perguntados sobre medidas prioritárias para combater a violência
doméstica e familiar, 50% do total de 300 entrevistados, responderam
“Aumentar as penas contra quem comete a violência contra a mulher”; 45%
“Ampliar os serviços de proteção a mulheres em situação de violência em
todas as regiões da cidade”; 34% “Agilizar o andamento da investigação
das denúncias” e 28% responderam “Criar novas leis de proteção à
mulher”.
Além
disso, 28% dos ouvidos na pesquisa respondeu “Fortalecer os serviços de
assistência social em todas as regiões da cidade”; 19% “Treinar
funcionários para que possam acolher melhor as mulheres que procuram os
canais de denúncias”; 27% “Criar políticas de segurança comunitária,
aproximando a população dos agentes de segurança”. Por fim, 19% disseram
“Promover campanhas de conscientização”; 16% “Melhorar a atuação dos
canais de denúncias” e 10%, “Divulgar mais os canais de denúncias”