 Curitiba/Brasília. O PT vai recorrer junto à 
Organização das Nações Unidas (ONU) e também ao Supremo Tribunal Federal
 (STF) contra a decisão tomada na noite de sexta, pelo Tribunal Superior
 Eleitoral (TSE), que rejeitou a candidatura do ex-presidente Lula à 
disputa para a Presidência da República.
Curitiba/Brasília. O PT vai recorrer junto à 
Organização das Nações Unidas (ONU) e também ao Supremo Tribunal Federal
 (STF) contra a decisão tomada na noite de sexta, pelo Tribunal Superior
 Eleitoral (TSE), que rejeitou a candidatura do ex-presidente Lula à 
disputa para a Presidência da República.
 A informação foi dada por Fernando Haddad, vice na chapa de Lula, após 
visitar o ex-presidente, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. A
 decisão foi anunciada na tarde de ontem, após reunião de quatro horas e
 meia na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula 
está detido desde o dia 7 de abril. Haddad esteve acompanhado da 
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do advogado de defesa Cristiano 
Zanin.
 "Nós não imaginávamos que o Brasil contrariaria uma determinação de um 
órgão internacional e um tratado que nós subscrevemos e foi aprovado 
pelo Congresso Nacional. Nosso entendimento era de que o Brasil 
reconheceria os direitos políticos e civis do presidente Lula", explicou
 Haddad. "Vamos apresentar os recursos no prazo que o STF nos deu. Vamos
 apresentar hoje para ONU e amanhã para o Superior Tribunal, com pedido 
de liminar", disse.
 Ontem, a vice-presidente do Comitê de Direitos Humanos da ONU, Sarah 
Cleveland, criticou a decisão de negar o registro da candidatura ao 
Palácio do Planalto do ex-presidente.
 Sobre sua participação no horário eleitoral, Haddad disse que poderá 
ocupar todo o tempo do partido. "Sou candidato a vice-presidente, tive a
 candidatura registrada e vou poder figurar até 100% do horário 
eleitoral".
 Propagandas
 Ontem pelo menos três decisões do TSE foram tomadas no sentido de 
restringir a participação de Lula nas propagandas eleitorais de rádio e 
TV. No fim da noite, o ministro Sérgio Banho suspendeu inserções 
televisivas estreladas pelo petista.
 Mais cedo, o ministro Carlos Bastide Horbach, do TSE, determinou, 
ontem, que a coligação do PT/PCdoB/PROS deixe de veicular na TV a 
propaganda eleitoral exibida no sábado (1º), que fez referência à 
candidatura do ex-presidente da República.
 Pela manhã, o ministro Luis Felipe Salomão, do Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE), aceitou o pedido do Partido Novo e suspendeu a 
propaganda eleitoral do PT na rádio, em que o ex-presidente da República
 Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é apresentado como candidato, como o 
próprio ministro descreve.
 
