
 São Paulo. O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro 
Gomes, disse, ontem, que é "flagrante" que seu adversário, Geraldo 
Alckmin (PSDB) "deixa roubar". Em sabatina, ele atacou o governo Michel 
Temer (MDB), a quem chamou de "a cabeça da canalhocracia que dominou o 
País", pediu para os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) não serem 
"otários", pois o candidato não tem propostas para economia.
 "O presidente da República tem que dar exemplo. A tarefa do chefe de 
Estado não é só não roubar. É não deixar roubar. Eu não tenho 
dificuldades com as questões escandalosas que envolvem o Alckmin. Mas é 
flagrante que ele deixa roubar. Não é brincadeira. É flagrante que deixa
 roubar", afirmou Ciro.
 Em resposta, Alckmin afirmou que Ciro é "irresponsável". Mais tarde, o 
candidato postou numa rede social que o pedetista é um "aloprado fujão".
 Lula e FHC
 Sobre as medidas do governo Temer, Ciro reafirmou que pretende revogar o
 teto de gastos (que limitou investimentos públicos em áreas como Saúde e
 Educação) e a Reforma Trabalhista nos primeiros meses de governo. "O 
governo Temer é a cabeça da canalhocracia que dominou o País. O Alckmin 
defende essa política. O Bolsonaro votou pelo tabelamento do teto de 
gastos. Fica aí os 'bolsominions' agressivos, pensando bobagem. Como se 
tivesse em discussão pátria e família. O que está em discussão, meu 
irmão, é o teu desemprego. Não seja otário".
 Embora tenha criticado o PT pela relação estabelecida com o governo venezuelano de Nicolas Maduro, Ciro elogiou Lula.
 "Lula foi o presidente que mais abriu universidades no país. É assim 
que se muda a realidade de um País". Mais tarde, porém, lembrou que, 
assim como Fernando Henrique Cardoso, Lula não propôs nenhuma reforma 
importante.
 
