Servidores públicos de Iguatu, no Centro-Sul do Ceará, continuam sem receber o 13º salário e os salários de dezembro de 2024. A crise financeira que atinge o município tem causado impacto direto na economia local, com o comércio enfrentando redução na circulação de dinheiro. Desde 6 de dezembro do ano passado, o funcionalismo público está em greve.
A situação se agravou com o bloqueio judicial das contas da prefeitura, motivado por dívidas que ultrapassam R$ 50 milhões. Entre os principais débitos estão precatórios relacionados à desapropriação de terras e pendências com empresas como a Enel. O INSS também pediu o bloqueio, alegando que a gestão anterior descontava valores previdenciários dos servidores, mas não realizava os repasses.
Nesta segunda-feira (27), durante assembleia geral, os servidores rejeitaram a proposta apresentada pela gestão municipal e apresentaram uma contraproposta. Eles exigem o pagamento do 13º salário e dos salários de dezembro até 31 de janeiro, além dos vencimentos de janeiro até 20 de fevereiro.
No caso dos precatórios, uma servidora ouvida pelo Miséria afirmou que o prazo legal para acordos já foi excedido. Contudo, o prefeito Roberto Filho (PSDB) decretou estado de calamidade financeira por 120 dias no município. Segundo os servidores, a prefeitura tenta negociar com os advogados dos credores para reduzir as dívidas, algo que os credores têm rejeitado até o momento.
FONTE MISÉRIA
