Foto: Câmara dos Deputados
Nessa quarta-feira (30), o Conselho de ética e Decoro da Câmara Federal abriu processo para averiguar a conduta do deputado cearense André Fernandes (PL).
A representação que deu origem ao processo foi feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e alega que o parlamentar teria sido racista durante as discussões em torno da Reforma Tributária. Os debates ocorreram no Plenário da Câmara.
De acordo com o PT, o político cearense teria adotado “tom jocoso” ao afirmar que “a raça deveria ser de ‘boi'”.
O partido chega a transcrever parte da fala do parlamentar, a fim de dar base a ação que era solicitada à mesa diretora. “Nesse texto que chegou ontem, já ali à noite, quando tratava de ‘gênero’, na verdade, era ‘gênero alimentício’. Senhor Presidente, na mesma linha também tinha ‘raça’. Se o gênero era alimentício, então a raça deve ser de boi”, declarou André Fernandes em 6 de julho.
Salienta-se que o relator da ação ainda foi definido, quando isso foi feito, terá início o procedimento de investigação, a fim de expedir o relatório preliminar, que será responsável por apontar se há indícios para o seguimento do processo, ou se ele deve ser arquivado.
Pondera-se que outros seis deputados também tiveram processos abertos no Conselho de Ética: Marcon (PT-RS), Glauber Braga (Psol-RJ), Abilio Brunini (PL-MT), Ricardo Salles (PL-SP), Zucco (Republicanos-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP).