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A
farmacêutica Pfizer anunciou nesta quarta-feira (18), que a sua vacina
contra a Covid-19 é segura e tem 95% de eficácia. A conclusão foi
extraída da terceira fase de testes da droga, elaborada em parceria com a
empresa alemã BioNTech. Anteriormente, a farmacêutica já havia
divulgado, baseando-se em resultados preliminares, que a vacina havia
atingido 90% de eficácia
Segundo
a Pfizer, a vacina previne as formas mais leves e graves da Covid-19.
Até o momento, a droga também manteve praticamente a mesma taxa de
eficácia para idosos, chegando a 94%.
O
próximo passo será um pedido de autorização de emergência para FDA
(Food and Drugs Administration), agência reguladora de medicamentos dos
Estados Unidos. A Pfizer disse que isso será feito em "alguns dias".
Se
as informações da Pfizer se confirmarem, o desenvolvimento da vacina
quebrará todos os recordes de velocidade, pois é um processo que
geralmente leva anos.
"Os resultados do estudo marcam um passo importante nessa jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com essa pandemia devastadora", disse, em comunicado, o Dr. Albert Bourla, presidente-executivo da Pfizer.
Negociação com Brasil
Nesta última terça-feira (17), o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos
Murillo, disse que a empresa tem avançado nas negociações com o
Ministério da Saúde e que, caso um acordo seja fechado, poderia
disponibilizar vacinas já no primeiro trimestre de 2021.
A
declaração ocorreu na saída de uma reunião na sede da pasta, em
Brasília. "Estamos otimistas de que vamos a chegar a um bom
entendimento", afirmou.
Segundo ele, as conversas com a pasta
foram retomadas na última semana, após dados divulgados pela empresa
apontarem que a vacina apresentou mais de 90% de eficácia na análise
preliminar dos testes da fase três -a última etapa de estudos. Os
resultados, no entanto, ainda são parciais e não correspondem à
conclusão do ensaio clínico, em andamento também no Brasil. Ainda assim,
os números levaram a empresa a retomar o diálogo com a pasta.
Questionado,
Murillo não informou o número de doses em negociação, mas afirma que a
oferta apresentada "permitiria vacinar alguns milhões de brasileiros no
começo de 2021".
Segundo ele, caso haja conclusão dos estudos nos prazos previstos, a
vacina pode estar disponível nos Estados Unidos e no Canadá em dezembro.
No Brasil, o prazo mais otimista, diz, prevê possibilidade de oferta em
janeiro.
Com informações do Diário do Nordeste.