A Polícia Federal desencadeou neste domingo, 12, a operação Passe
Fácil, com o cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão e 31 de
condução coercitiva em 13 estados por suspeitas de fraudes no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). Os mandados foram cumpridos nos estados
de Pernambuco, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas
Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
“A
partir dos dados colhidos hoje, a investigação terá continuidade, e
podemos ter desdobramentos nos próximos dias”, explicou o delegado da
Polícia Federal Franco Perazzoni. Segundo ele, tanto beneficiários como
integrantes da quadrilha foram identificados.
A operação buscou
desvendar e desarticular esquema de candidatos interessados em fraudar o
processo a partir da resolução da prova por especialistas em
determinadas áreas de conhecimento, chamados de pilotos, que
posteriormente repassavam os gabaritos aos candidatos que os
contrataram.
O delegado explicou que a operação teve como alvo
pessoas com grande probabilidade de terem fraudado exames anteriores e
que estavam inscritas na prova de hoje. A PF, no entanto, ainda não
identificou indícios de fraudes no Enem deste ano. Segundo o delegado,
não foram realizadas prisões hoje, pois nenhum dos alvos estava portando
escutas, por exemplo.
O delegado avaliou que esta edição do Enem
foi mais tranquila do que em anos anteriores. “Este ano tivemos muito
mais tranquilidade do que em anos anteriores. Tivemos apenas ocorrências
normais”, disse o delegado.
Para o ministro da
Educação, Mendonça Filho, o anúncio de novas medidas de segurança, como a
identificação das provas e o reforço com detectores de metal e de ponto
eletrônico em cada local de aplicação, ajudaram a prevenir fraudes.
“Isso tudo ajudou para que pudéssemos repelir preventivamente qualquer
tentativa de fraude”, disse.
Na última quarta-feira, 8, quatro pessoas foram presas no Ceará, na operação Adinamia, da Polícia Federal, também por suspeitas de fraudes em consursos públicos e no Enem.