O Flamengo buscou mais o
gol, e abriu o placar em gol irregular de Lucas Paquetá. Entretanto, o
Cruzeiro conseguiu chegar ao empate em um lance emblemático:
aproveitando falha clamorosa do goleiro Thiago, Arrascaeta só precisou
empurrar a bola para o fundo do gol.
Após os 90 minutos, o
erro do guardião rubro-negro foi o principal tema de assunto entre os
jogadores. Demonstrando personalidade, o jovem de 21 anos não fugiu dos
microfones e reconheceu o erro.
“Chute foi de fora da
área, eu errei. Assumo o erro, foi falha minha. Jogar no Flamengo, não
pode tomar um gol desse, mas acontece. Agora é cabeça erguida para o
segundo jogo da final”, disse aos microfones do SporTV.
Perguntado sobre a
postura de Alex Muralha, relegado à reserva e que após a partida
demonstrou o seu apoio, o jogador garantiu que existe amizade entre
ambos: “A gente sempre teve uma relação boa, o Muralha sempre me apoiou,
independentemente de qualquer situação e vice-versa”.
Já o zagueiro Réver
reconheceu que não esperava o erro do companheiro de equipe, mas
ressaltou que a culpa foi de todo o sistema defensivo. Além disso,
garantiu que a disputa pelo título ainda está em aberto.
Réver, durante a partida (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
“Falaram que seria melhor
se não tivesse tomado esse gol. Mas está tudo do mesmo jeito, né? Temos
condição de ir lá para BH e vencer, da mesma maneira que o Cruzeiro
veio aqui e nos enfrentou de igual para igual. Isso mostra a força das
duas equipes. Não à toa que estão na final. Agora é descansar, pensar no
Campeonato Brasileiro e depois, nesse jogo de volta, nos doar mais e
buscar a vitória, que é o que nos interessa”.
“No lance eu tentei sair
pra cortar o chute, a bola acabou passando. E como não foi um chute tão
forte, acredito que todos achavam que o Thiago fosse segurar, mas
infelizmente ela acabou quicando e enganando ele. Uma infelicidade, mas
poderia acontecer com qualquer um. A culpa não é do Thiago, é nossa”.
Do outro lado,
Thiago Neves iniciou a chamada ‘guerra psicológica’ característica dos
jogos ofensivas. Sem faltar com o respeito aos jogadores, o meia
reconheceu que o time entrou para explorar o momento ruim no gol
rubro-negro e afirmou que, embora acredite que a torcida cruzeirense vá
fazer mais barulho no Mineirão, a decisão ainda está aberta
“A gente também
sabia da pressão que eles [goleiros] estavam sofrendo. A gente veio
conversando durante a semana para arriscar os chutes, tentar de qualquer
jeito... porque, queira ou não, o goleiro não pode falhar. A gente,
dentro de campo, pode errar uma bola ou outra. O goleiro, não. Então foi
o que aconteceu com ele hoje. É óbvio que a gente torce para que eles
melhorem e voltem a jogar o que jogavam, mas não contra a gente no
próximo jogo”.
“Temos que ter
inteligência, até porque estamos jogando contra o Flamengo. São dois
jogos iguais. Aqui e lá. A única diferença é a pressão da torcida (...)
Tenho certeza que no Mineirão vai ser o dobro. Não tem que inventar
nada, mudar nosso estilo de jogo. É só jogar com inteligência para ser
campeão”, concluiu.
O
jogo de volta será realizado no próximo dia 27, no Mineirão, e como não
terá gol qualificado, quem vencer garante o troféu nacional.