Recife. Em caravana pelo Nordeste, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se disse grato a dois peemedebistas
denunciados por Janot o senador Renan Calheiros (AL) e ao ex-presidente
José Sarney na sexta-feira (25), durante passagem por Pernambuco.
Apesar de Renan ter se distanciado do PT durante a gestão da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o peemedebista participou do evento
com o petista em Alagoas, o que rendeu críticas por parte da militância.
Renan, presidente do Congresso à época, votou pelo impeachment de
Dilma. Na sexta, Lula disse que considera que as alianças políticas são
necessárias e no caso do Renan, que o senador ajudou a governar o País.
Lula também se mostrou grato ao ex-presidente José Sarney, que até
chegar ao Planalto era um dos seus alvos de crítica.
"Sou grato ao Sarney como presidente do Senado", disse. "O Renan pode
ter todos os defeitos, agora o Renan me ajudou a governar esse País. Se
ele cometeu algum erro - e eu sou da opinião seguinte, que todo mundo é
inocente até que se prove o contrário". Em Pernambuco, o ex-presidente
ainda expressou o desejo de ter uma frente de esquerda no Brasil para
a2018.
"Eu gostaria que a esquerda tivesse mais força, que cada partido, o
PCdoB elegesse 50 deputados, que o PSOL elegesse 50, 60, que o PSTU
elegesse 50, 60. Que a esquerda do PMDB elegesse 50, 60", disse Lula.
Segunda instância
Já o juiz federal Sergio Moro divulgou nota em que afirma que os prazos
do processo contra Lula -que chegou em tempo recorde à segunda
instância- foram "seguidos estritamente".
"O tempo para subida de recursos da primeira instância à segunda
instância depende exclusivamente da ocorrência ou não de incidentes
nessa fase processual", escreveu o magistrado.