Durante uma conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, a NASA informou que foram identificados sete planetas do tamanho da Terra em órbita da estrela TRAPPIST-1, localizada a cerca de 39 anos-luz do Sol, na constelação Aquarius.
Batizada Trappist-1, a estrela é uma anã pouco maior que Júpiter, mas com massa cerca de 80 vezes maior, aproximadamente 8% a do Sol.
A NASA fez hoje uma revelação que tem atraído a atenção de todos, uma vez que anunciou a descoberta de 7 planetas, do tamanho do planeta Terra, sendo que 3 deles têm possíveis condições para serem habitados e terem água em estado líquido.
Este não é o primeiro sistema encontrado pelos cientistas com vários planetas, mas é o primeiro com tantos planetas tão semelhantes à Terra.
Estas
análises são feitas tendo como base observações dos telescópios VLT, no
Chile, e dos telescópios espaciais Spitzer e Hubble. O trânsito do
planeta h, mais longe da estrela anã, só foi visto pelo telescópio da NASA uma vez.
Os três mais próximos de Trappist-1 são quentes demais.
O
sistema, de nome Trappist-1, já era conhecido. "Trata-se de um sistema
planetário surpreendente, não só por termos encontrado tantos planetas, mas porque são todos assombrosamente similares em tamanho à Terra", declarou.
Seis desses planetas possuem temperaturas que permitem a existência de água na superfície.
Estes exoplanetas têm um tamanho e massa parecidos aos da Terra, ainda que com pequenas variações.
Em causa estará a revelação de uma informação importante sobre exoplanetas, os planetas que orbitam numa estrela diferente do Sol e que, por isso, não pertencem ao sistema solar. De acordo com os pesquisadores, ainda é preciso observar o sistema solar por mais algum tempo para saber novos detalhes, como a existência de água líquida.
A descoberta, publicada na edição desta semana do periódico científico Nature, avança uma pesquisa anterior que mostrou três planetas circundando a TRAPPIST-1.
Na prática, os sete
novos exoplanetas são a materialização do que a teoria já previa,
depois de um grupo internacional de astrofísicos, que incluiu o
português Nuno Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço,
ter concluído, em 2012, que os planetas rochosos, como a Terra, serão a regra - e não a exceção - na órbita das estrelas na Via Láctea. Pelo menos um deles poderá ter água.