A
lendária atriz Mary Tyler Moore, que entreteve uma geração de
americanos em programas de humor de televisão, faleceu nesta
quarta-feira (25) aos 80 anos.
Famosa
por um "sitcom" que levava seu nome na década de 1970, Moore sofria há
anos de diabetes e, em 2011, submeteu-se a uma cirurgia de cérebro.
"Hoje,
nossa amada Mary Tyler Moore faleceu, aos 80 anos, ao lado de seus
amigos e de seu amado esposo por 33 anos, o Dr. S. Robert Levine",
expressou sua representante, Mara Buxbaum, em nota enviada à AFP.
"Uma
atriz pioneira, produtora e apaixonada defensora da Fundação para a
Investigação da Diabetes Juvenil, Mary será lembrada como uma valente
visionária que transformou o mundo com seu sorriso", acrescentou.
A revista Time classificou seu programa - o "Mary Tyler Moore Show" - como um dos 17 que "mudaram a televisão".
Na
época em que foi ao ar, ela era uma mulher radical: solteira,
independente e que seguia seu sonho de ser repórter de televisão.
Como
alta executiva da MTM Enterprises, Mooore e seu então esposo, Grant
Tinker, criaram e produziram "The Mary Tyler Moore Show" e também foram
responsáveis por outros sucessos da televisão como "Hill Street Blues",
"St. Elsewhere" e "Remington Steele".
Oprah
Winfrey disse que Moore foi uma de suas primeiras inspirações em seu
trabalho. Assegurou que quando menina via o programa toda semana e
queria "ser Mary Tyler Moore" e "queria viver onde Mary vivia".
Trabalhar com Moore foi "mole"
Seu
primeiro grande sucesso foi em 1961, quando interpretou a valente
esposa e dona de casa Laura Petrie em "The Dick Van Dyke Show".
Van Dyke disse que trabalhar com a "bela, brilhante e talentosa" Moore foi "mole".
Ao
discursar em 2012 no prêmio do Sindicato de Atores (SAG, em inglês),
onde Moore foi homenageada por sua carreira, Van Dyke indicou que no
início tinha dúvidas sobre a jovem atriz e se questionava: "poderá fazer
comédia?".
No
final percebeu que podia fazer "de tudo". Dançou, cantou, fez
brincadeiras, além de ter uma química tão perfeita que, após o programa,
muitos se perguntavam se o casal estava junto na vida real.
Foi nomeada ao Oscar por seu papel no drama dirigido por Robert Redford "Gente como a gente", de 1980.
Recebeu vários prêmios Emmy por papéis na televisão e ganhou um Tony pelo musical da Broadway "Whose Life Is It Anyway".
Nos bastidores, Moore enfrentou vários problemas pessoais, incluindo o vício em álcool.
Seu
único filho, Richie, fruto de seu primeiro casamento com Richar Meeker,
sofria de problemas emocionais e era dependente químico. Se matou em
1980, aos 24 anos, em um caso que foi tido como acidente.
Mary
Tyler Moore, que nasceu no Brooklyn e se mudou para a Califórnia quando
criança, se casou com Levine, seu terceiro esposo, em 1983. Era
defensora dos direitos dos animais e ativista pela diabetes, doença que
foi diagnosticada quando tinha 30 anos.