quinta-feira, 26 de maio de 2016

'Capitão América: Guerra Civil', o melhor filme dos Vingadores

Capitão América e Homem de Ferro prontos para o "debate" (Foto: Divulgação)

Polarização não é novidade nos dias de hoje. É só sair nas ruas ou checar os comentários do noticiário político da internet. No cinema, nem se fala. Mês passado Batman e Superman se digladiaram na última grande produção da DC. Agora é a vez da Marvel aproveitar um conflito para ganhar alguns milhões de bilheteria.

'Capitão América: Guerra Civil' coloca a questão dos desdobramentos das ações dos heróis para defender o mundo de suas ameaças. O efeito colateral das batalhas envolvendo heróis e vilões é a morte de civis e a destruição de cidades, e a conta da catástrofe que atingiu os cidadãos comuns nos conflitos de 'The Avengers: Os Vingadores', 'Capitão América 2: O Soldado Invernal' e 'Vingadores: Era de Ultron' será cobrada dos heróis.

A ONU decide regulamentar as ações dos heróis e aí que começa a discussão. Tony Stark, o Homem de Ferro, está com a consciência pesada e pretende acatar o controle de superpoderosos. Já Steve Rogers, o Capitão América, acha que a medida pode levá-los ao papel de meros soldados, atendendo a interesses específicos, enquanto no modelo independente não existem amarras para agirem em todo o planeta. Junte aí a obsessão de Rogers em livrar a cara de seu grande amigo Bucky, grande responsável pelas grandes confusões que aconteceram no episódio anterior do herói do escudo estrelado.
Homem-Aranha, um dos destaques de 'Guerra Civil' (Foto: Divulgação)

E aí começa o debate e a convocação dos heróis restantes para defender os pontos de vista. Homem de Ferro conta com Viúva Negra, Visão, Máquina de Guerra e os estreantes Pantera Negra e Homem-Aranha. Por falar nos novatos, suas introduções no universo Marvel são rápidas e certeiras. Dá para ter uma ideia de suas personalidades e seus respectivos códigos de honra. No caso do aracnídeo, a Sony deve ter se arrependido de não ter passado o personagem para a Marvel antes. O herói está com o espírito das HQs e o papel caiu como uma luva para Tom Holland.

O Capitão já comanda uma equipe formada por Falcão, Gavião Arqueiro, Feiticeira Escarlate, Soldado Invernal, Peggy Carter e Homem-Formiga. Por mais que não traga grandes novidades em seu time, Capitão conta com grandes surpresas vindas do Homem-Formiga, com Paul Rudd afiado nas cenas cômicas. O mais incrível é que com tanta gente boa em cena, todos têm um tempo justo de exposião na produção. Ninguém fica no banco de reservas ou colocado de escanteio.

Não dá para tomar um partido na briga, ambos os lados contam com personagens queridos, e suas argumentações pendem como em uma gangorra. Cada hora um parece ter razão e o outro parece estar completamente errado. E no minuto seguinte tudo muda. A maioria parece realmente não querer brigar, apesar de que, a cena do aeroporto mostrada no trailer seja uma das melhores batalhas dos filmes da Marvel.
Cena que relembra capa da HQ (Foto: Divulgação)

A reunião de todos os heróis e a condução da história fazem de 'Guerra Civil' o melhor filme dos Vingadores. Não dá para dizer que o grupo se encerra com o conflito, mas muita coisa precisará ser acertada entre as partes até o próximo grande evento do estúdio, a 'Guerra Infinita'. Mesmo que o filme seja do Capitão e o fio condutor da trama seja a rebeldia do herói em manter-se livre do controle de suas ações e a constante defesa de Bucky, o drama da grande equipe que se sobressai. E as novas alianças e amizades que vão se formando entre os seus integrantes são a cereja do bolo.

Quanto aos vilões, eles não têm muito tempo de tela. Ossos Cruzados tem origem ligada a 'Capitão América 2' e Barão Zemo tem a vilania despertada com os eventos de 'Era de Ultron'. Eles têm motivação, eles causam estragos. Mas quem precisa de vilões quando o Mal é representado por um bando de heróis? Esse é o barato de Guerra Civil. Amigos brigando por uma mesma causa. Por meios diferentes. Acho que a gente já viu coisa parecida por aí, não?