RIO - O senador Romário (PSB-RJ) afirmou que já teve conta no banco
suíço BSI. Segundo o ex-jogador, a conta foi encerrada ainda durante o
período em que atuou por clubes europeus, nos anos 1980 e 1990. Em
julho, após a revista "Veja" citar um extrato do BSI indicando a
existência de R$ 7,5 milhões em uma conta em seu nome, o senador afirmou
que não tinha conhecimento dessa conta específica. Em seguida, o banco
divulgou um documento afirmando que Romário não era o titular da conta indicada no extrato.
O documento do BSI diz que o senhor não é o titular dessa conta. O senhor teve conta no BSI em algum momento?
Quando jogava na Europa, tive conta no BSI, só não sei o ano.
Quando a conta foi fechada?
Não lembro. Mas, se tem conta no banco e não movimenta, acho que fecha automaticamente.
Comenta-se que o vazamento do extrato foi feito pelo PMDB.
Dizem que o PMDB abre a conta, agora que o PMDB fecha...
O senhor já esteve com Guilherme Paes (sócio do BTG Pactual, banco dono do BSI, e irmão do prefeito Eduardo Paes)?
Nunca
estive com ele. Fui saber que era um dos sócios do Pactual em uma
dessas matérias que saíram por causa do episódio do banco.
O nome do senhor e a suposta existência da conta aparecem no
áudio que levou o senador Delcídio Amaral (PT-MS) à prisão. O que o
senhor achou do episódio?
Fanfarronice do senador
(Delcídio) em ter me colocado nessa história. Em relação ao que o
advogado (Edson Ribeiro) fala, a gente está vivendo momento bem
diferente no Brasil. Não se pode dar mais credibilidade a bandido,
vagabundo. Ouviram meu nome ser dito numa gravação de um assunto que
foge completamente do que esses vagabundos estavam fazendo lá. Eu estou
tranquilo, porque não devo porra nenhuma a ninguém e não tenho conta na
Suíça.
O Ministério Público da Suíça disse nesta quinta-feira que
depende de um pedido da Procuradoria Geral da República para investigar a
suposta conta. O senhor tem receio de alguma investigação?
Estou
tranquilo. Nosso MP já se pronunciou naquela primeira vez e espero que
se pronuncie amanhã (nesta sexta-feira) também. É a única forma de
resolver.
O prefeito Eduardo Paes disse que há um entendimento: se o senhor não for candidato, apoia o Pedro Paulo...
Existem
três possibilidades: eu ser candidato, apoiar o sucessor dele (Paes) ou
ver o que vou fazer. A gente conversou, mas não significa que há
acordo.
Pesquisas dos partidos mostram o senhor em primeiro lugar...
O
PSB também tem uma pesquisa na rua. Nas duas primeiras eleições em que
entrei, tinha certeza que, no mínimo, tinha 50% de chance de ganhar. Se
tiver essa certeza, claro que essa probabilidade de disputar cresce. Meu
sentimento é que há uma corrente muito positiva para que seja
candidato, mas hoje não posso dizer o que vai acontecer em 2016.