Criado em 1988 pelo Ministério da Saúde, o Dia Nacional de Combate ao Câncer tem o objetivo de ampliar o conhecimento da população acerca da prevenção e tratamento.
A data foi instituída para atentar as pessoas soluções para controle da
doença e, principalmente, lembrar para o fato de que a prevenção está
ao alcance de todos.
Anualmente, cerca de 8 milhões de pessoas morrem por
conta do câncer e estima-se que um terço dessas mortes poderia ter sido
evitado com a detecção precoce e o consequente acesso aos tratamentos
existentes. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apenas
no ano de 2014, aproximadamente 580 mil novos casos da doença surgiram no Brasil.
27 milhões de novos casos de câncer em 2030
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma projeção de 27 milhões de
novos casos de câncer para o ano de 2030 em todo o mundo, e 17 milhões
de mortes pela doença. De acordo com o órgão, os países em
desenvolvimento são os mais afetados, entre eles o Brasil.
“Em casos como câncer de mama, de colo do útero, colorretal, pele,
cabeça e pescoço, bem como alguns tipos de câncer infantil, a detecção
nas fases iniciais da doença aumentam as chances de sucesso do tratamento”, alerta o oncologista do Hospital Santa Catarina de São Paulo, Dr. Ângelo Bezerra de Souza Fêde.
Segundo o especialista, em casos específicos, cuja suspeita clínica
seja de alguma alteração genética familiar que confere aumento de risco
de determinados tipos de tumor (mama, ovário, colorretal e próstata), os
testes genéticos tornaram-se importantes aliados na prevenção da
doença.
“Estima-se que de 5 a 10% dos casos de câncer na população geral sejam secundários a Síndromes Hereditárias.
Nestes casos, o paciente apresenta alguma mutação em suas células capaz
de elevar suas chances de desenvolvimento da doença ao longo de sua
vida. Por isso, quem possui histórico familiar recorrente de câncer
deverá procurar um profissional médico habilitado para a discussão da
realização de exames genéticos de forma preventiva”, afirma o médico.
Testes genéticos auxiliam no tratamento
Além da prevenção, os testes genéticos também podem auxiliar o médico
na melhor proposta de tratamento, muitas vezes evitando que os pacientes
sejam expostos de forma desnecessária a determinados tratamentos. O
conhecimento dos fatores de risco, bem como iniciativas para a detecção
precoce do câncer, implicam em redução de mortes relacionadas a esta
patologia.
"Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de controle da
doença, evitando o uso de tratamentos agressivos que conferem piora na
qualidade de vida destes pacientes. Desta forma, aliar conhecimento
médico e informação aos pacientes torna-se a maneira mais efetiva de
combate à doença”, finaliza Dr. Ângelo Bezerra de Souza Fêde.