quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dono de 36% dos direitos de Valdivia quer ajudar a pagar salário para segurá-lo no Palmeiras

Depois de bom jogo contra o Corinthians, Valdivia viajou para o Chile, onde disputará a Copa América pela seleção da casa (Djalma Vassão/Gazeta Press)

Um dos principais críticos de Valdivia, Osório Furlan Junior poderá ajudar a mantê-lo no Palmeiras. É que o dono de 36% dos direitos econômicos do chileno está disposto a pôr dinheiro do próprio bolso para impedir a saída do Mago do Palestra Itália ao fim do contrato, em 17 de agosto. 

“Eu poderia dar um complemento no salário para que o Valdivia renovasse, pensando em futuramente vendê-lo. Assim, nem eu nem o Palmeiras perderíamos o dinheiro investido para contratá-lo”, explica Furlan, referindo-se aos R$ 5,5 milhões gastos por ele com o chileno, em 2010, na aquisição do Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.

O grande problema é que a diretoria ignora o conselheiro palmeirense e parceiro comercial. “Já até desisti de ligar para o Paulo Nobre, porque ele nunca atende. E ninguém que está ao lado do presidente me convida para participar de qualquer reunião”, lamenta o empresário, preocupado com o risco de o vínculo acabar e Valdivia ficar livre para jogar em qualquer outro clube.

O esquecimento alviverde poderá terminar em processo na Justiça. Furlan se baseia em duas cláusulas do contrato assinado com o Palmeiras, no ato da compra de Valdivia, para garantir que tem direito a R$ 5 milhões, mais juros e correção monetária, caso o meia saia de graça. “Já sugeri que as pessoas da diretoria leiam o contrato para saber dos riscos que estão correndo”, ameaça.

O Blog teve acesso ao contrato, que tem a seguinte cláusula: “O Palmeiras se obriga a comunicar a Osorio Furlan sua eventual intenção de não renovar a relação laboral de Valdivia, a fim de que Osorio possa tomar as medidas necessárias para eventualmente adquirir o vínculo federativo de Valdivia e assim preservar seus direitos instituídos”.

A primeira e única oferta do Palmeiras a Valdivia ocorreu em 26 de março: R$ 120 mil fixos de salário e bônus de R$ 60 mil por partida disputada (isso desde que ele comece como titular. Se sair do banco de reservas, não tem direito a qualquer centavo). A proposta foi considerada tão ruim que o Mago nem sequer a respondeu. 

Questão futura: A ideia da cúpula palmeirense é só discutir a possibilidade da renovação do contrato do Valdivia depois da Copa América. Isso no caso de o Verdão ir mal sem ele. Se o time se acertar, o clube nem vai oferecer oferta para ampliação do vínculo.

Sem mudança: Apesar da dura negociação com o Palmeiras, Valdivia ainda nem cogitou mudar os dois filhos da escola, localizada no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo.