segunda-feira, 25 de maio de 2015

Podemos estar vivendo dentro de uma Matrix — e quem diz isso é um diretor da Nasa

Toda uma espécie vivendo dentro de um simulador controlado por uma espécie de programador. Lembra e muito a trilogia Matrix, sucesso de bilheteria no final dos anos 2000, mas pode ser a situação da raça humana. E quem faz tal proposição, de que vivemos em um universo simulado, é simplesmente um dos cientistas mais renomados da Nasa, Rich Terrile.

Diretor do Centro de Computação Evolucionária e Design Automotivo no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, Terrile acredita que podemos viver em uma simulação na qual o responsável pelo controle seria uma espécie que vive no futuro — e, inclusive, pode ser a própria raça humana. 

A teoria é complexa e cita a Lei de Moore, na qual se acredita que a evolução no processamento das máquinas permite que, em algum momento da história, seja capaz de se criar um simulador desse tipo.

“Encontro uma grande inspiração nessa teoria e vou contar o porquê: ela me diz que estamos a beira de construir um universo simulado e que ele pode se tornar algo vivo dentro de uma simulação. E nossas simulações podem criar simulações. O intrigante é que, se existe um criador para nosso mundo no futuro e ele será nós, significa que ha um criador para nosso mundo e ele também é composto por nós. Isso significa que somos tanto Deus quanto servos de Deus”, afirma o cientista em entrevista ao site VICE.

Para Terrile, a consciência é algo tão bem arquitetado e “mágico” que só pode ser fruto de uma simulação de computador. De acordo com ele, a consciência inclusive pode ser passada para uma máquina em até 30 anos através de engenharia reversa em nosso cérebro ou fazendo com que circuitos sejam evoluídos a ponto de chegarem em nossa velocidade de sinapse. 

Caso essas teorias se confirmem, segundo ele, a “Matrix” real é uma possibilidade que cresce.

Apesar de parecer totalmente maluca, a teoria da “Matrix” real é corroborada por gente importante dentro do mundo acadêmico. Nick Bostrom, chefe do Oxford University Future of Humanity Institute, no Reino Unido, é um dos que levantam a bandeira proposta por Terrile. 

Para o cientista da Nasa, o simulador em questão cria a nossa realidade e simula o curso da humanidade por diversos motivos, “desde pura diversão até mesmo para recriar momentos históricos”. A máquina seria tão evoluída que é capaz de controlar todas as bilhões de pessoas que vivem no mundo sem que elas percebam.