segunda-feira, 16 de março de 2015

Médicos alertam sobre câncer de mama

O câncer de mama continua sendo o tipo de tumor que mais mata mulheres no mundo. No Brasil, não é diferente
  
Um pouco mais de 57 mil casos foram esperados para ocorrer ao longo do ano passado, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), representando um taxa de 56,09 de incidências por 100 mil habitantes. No Nordeste, a previsão foi de 10.490 casos, sendo a taxa de 20,4. Já no Ceará, a taxa é de 44,78, com 2.060 novos casos, sendo 850 na Capital. 

No Estado, por meio da observação, foram destacadas algumas localidades com maior quantidade de casos. "A gente vê que aquela região da Chapada do Apodi, Limoeiro e Russas parece que tem uma propensão maior, não sei se por questão genética, por antigamente as famílias casarem entre si, ou por uso de agrotóxico na agricultura. A gente não tem como confirmar. São só suposições", comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia da regional Ceará, Ércio Ferreira Gomes.

Diante desse cenário, novas técnicas em tratamentos e avanços nessa área são postas em debate para atualizar os profissionais envolvidos. No congresso ocorrido neste fim de semana, em Fortaleza, a sexta edição do Breast Cancer Weekend mostrou que há soluções mais eficazes, que agem melhor sobre o câncer. "A toxidade é melhor controlada e principalmente a cura dessas medicações, o efeito da ação desses medicamentos vem melhorando ano a ano".

Além disso, o evento apresentou que a cada ano está aumentando a interdisciplinaridade e o multiprofissionalismo. Ou seja, trabalham em conjunto tanto representantes da área médica como de outras áreas, como da nutrição e da psicologia, para encontrar novas formas de prevenir, combater e remediar.

Aliás, o diagnóstico precoce e a prevenção ainda são as principais ferramentas para diminuir os índices de morte por câncer de mama. Quanto mais cedo é constatado, menor a probabilidade de o câncer alastrar-se pelo corpo, atingindo órgãos vitais, ou até mesmo as chances de ser necessário retirar a mama para a cura ou tratamento.

"Uma estimativa do SUS é que em 2013 a cobertura da mamografia daquelas mulheres que deveriam fazer foi apenas de 20%. Para a gente conseguir reduzir a mortalidade precisaria que 70% das mulheres sadias fizessem o exame todos os anos", diz. Estudos mundiais apontam, segundo ele, que essa cobertura mínima garante redução de mortalidade em até 30%.