quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Médico com 15 processos escolhido para Goiás é excluído de programa

 O médico Carlos Jorge Cury Mansilla, selecionado pelo Mais Médicos para atender em Águas Lindas de Goiás, no leste do estado, foi excluído do programa pelo ministério da Saúde, na noite desta terça-feira (3).

O profissional teve seu registro no Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) interditado de forma cautelar, por responder a um processo ético-profissional, e, por isso, foi considerado "inválido" pelo governo federal.


Mansilla responde a 15 processos na Justiça por  complicações pós-cirúrgicas. Mesmo estando impedido temporariamente de exercer a profissão, o médico conseguiu se inscrever no programa, pois também tinha inscrição no Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero).

Segundo a assessoria de comunicação do Conselho Federal de Medicina (CFM), a interdição de Mansilla ocorreu no dia 16 de julho de 2013. Quando uma medida desta natureza é tomada, o conselho ao qual o médico pertence deve comunicar a todos os outros dos demais estados para que fiquem cientes do impedimento. Conforme explica o CFM, dois dias depois, esse procedimento foi realizado e a interdição poderia ser vista no site da instituição.

No entanto, o CFM ressaltou que a atualização das informações nos portais da internet é de responsabilidade dos próprios conselhos e que pode ter ocorrido um "problema de tempo" na divulgação da medida. Por isso, Mansilla acabou conseguindo se inscrever e ser selecionado no Mais Médicos, mesmo impedido de exercer a profissão.

O conselho destacou ainda que o médico agiu de "má fé" e que mesmo sido selecionado, provavelmente não conseguiria trabalhar.

O Ministério da Saúde explicou que, por ora, somente os três médicos selecionados para Águas Lindas de Goiás trabalharam na cidade.

O ministério afirmou ainda que, apesar do ocorrido, o processo seletivo do programa Mais Médico permanece inalterado.