segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Osteoartrite: conheça a doença que não tem cura definitiva e que afeta a articulação de 12 milhões de brasileiros

Foto: Reprodução

A osteoartrite (OA), doença articular degenerativa que antes era associada quase exclusivamente ao envelhecimento, começa a atingir também mulheres jovens que praticam esportes. Estima-se que 15% da população mundial acima dos 30 anos sofra com a condição, sobretudo mulheres após os 60 anos. No Brasil, os números apontam para 12 milhões de casos — o equivalente a 6,3% da faixa etária adulta e 3,5% de toda a população. Forma mais comum de doença articular, a osteoartrite impacta quadril, joelhos, mãos, punhos, cotovelos, coluna vertebral e pés, sendo uma das principais causas de afastamento do trabalho e aposentadoria por invalidez.

A doença é caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem que reveste as articulações, levando a dor, inflamação e limitação de movimentos. Embora a prevalência aumente com o envelhecimento e seja mais comum em mulheres, especialistas alertam para a incidência em esportistas jovens.

Modalidades como futebol, vôlei, basquete, corrida de longa distância, lutas e até crossfit estão entre as que mais expõem ao risco, pela sobrecarga repetitiva sobre quadris e joelhos. Além da prática esportiva sem orientação, fatores como obesidade, desequilíbrios musculares, histórico familiar de artrose e até predisposição genética aumentam a chance de desenvolver osteoartrite.

A osteoartrite não tem cura definitiva, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem controlar sintomas, manter qualidade de vida e preservar a mobilidade.

Tratamento

O tratamento é definido de acordo com o grau da doença: Em fases leves a moderadas, podem ser indicados medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, condroprotetores e viscossuplementação — aplicação intra-articular que reduz a dor e melhora a mobilidade por meses. Nos casos mais graves, quando há perda avançada da cartilagem, a cirurgia para implante de prótese de quadril ou joelho pode ser necessária.

Informações – Correio Braziliense