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Foto Divulgação |
A
seca voltou a avançar no Sertão Central e em outras regiões do Ceará,
refletindo os efeitos de uma quadra chuvosa com volumes abaixo da média
em 2024. É o que aponta o mais recente mapa do Monitor de Secas,
divulgado na última sexta-feira (16).
De
acordo com o levantamento, a situação se agravou de março para abril. A
área do Ceará sem registro de seca caiu de 80,04% para apenas 45,08%.
Isso significa que mais da metade do território cearense voltou a
conviver com a seca. Foto Divulgação
No
mesmo período, a condição de seca fraca que em março afetava 19,96% do
estado, subiu para 54,92% em abril. O levantamento também identificou
1,54% de seca moderada, condição que não era registrada desde dezembro
de 2023.
Os
efeitos são especialmente sentidos no Sertão Central, uma das regiões
mais afetadas, junto com áreas do sul do estado. A baixa precipitação
durante os meses mais esperados da quadra chuvosa comprometeu atividades
como o plantio, a recuperação de pastagens e o abastecimento hídrico
das propriedades rurais.
O
levantamento do Monitor de Secas alerta que a situação gera impactos de
curto prazo, como redução no desenvolvimento de culturas agrícolas,
além de prejuízos à pecuária, com a falta de pasto suficiente para os
animais.
A
análise é baseada nos dados de abril e reflete o acúmulo de chuvas
muito abaixo do esperado, sobretudo em municípios do Sertão Central, que
entraram na quadra chuvosa de 2024 com expectativa de recuperação dos
reservatórios, mas tiveram volumes bem abaixo da média histórica.
O
Monitor de Secas é uma ferramenta oficial de acompanhamento das
condições de estiagem no país, com atualização mensal. O projeto é
coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com
apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme) na análise dos dados no estado.