/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/r/U/ocka7pQv6XrsvBW1nPZw/nome-do-programa.jpg)
Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos. — Foto: Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) quer descobrir quem criou e compartilhou nas redes sociais conteúdo relacionado ao chamado "desafio do desodorante" que, segundo a família, causou a morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, em Ceilândia. A menina foi sepultada na tarde desta segunda-feira (14).
Segundo o delegado Walber Lima, da 15ª Delegacia de Polícia, os responsáveis pela publicação podem responder por homicídio duplamente qualificado — crime com pena de até 30 anos de reclusão. A principal linha de investigação é que a menina participou do desafio após assistir a vídeos na internet.
O celular usado por Sarah foi apreendido e encaminhado para a perícia. O conteúdo armazenado no aparelho pode ajudar a polícia a rastrear a origem do vídeo. O laudo deve ficar pronto em cerca de 30 dias.
"A ideia é conseguir o histórico de pesquisas, além do conteúdo acessado por ela", diz o delegado.
O laudo cadavérico foi concluído pelo Instituto Médico Legal (IML) e ainda será analisado pelos investigadores.
Celular e desodorante estavam ao lado da vítima
Menina de 8 anos morre após fazer o 'desafio do desodorante' no DF
Sarah foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após ser encontrada desacordada pelo avô, na quinta-feira (10), dentro de casa. Segundo a polícia, ela estava deitada no sofá, ao lado do celular e de um frasco de desodorante aerossol. Uma almofada estava encharcada pelo produto.
A criança foi levada com vida ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). No entanto, no HRC os médicos constataram morte cerebral. O óbito foi declarado no domingo (13).
O "desafio do desodorante" consiste em inalar o produto pelo maior tempo possível. A prática tem sido reproduzida por crianças e adolescentes que gravam vídeos para redes sociais, que alcançam milhares de visualizações.