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Foto Sesa/Reprodução |
O
Ceará teve 749 acidentes com escorpiões entre janeiro e a última
sexta-feira (7). Os dados foram repassados pela Secretaria da Saúde
(Sesa) do estado. No período chuvoso, a ocorrência de acidentes com esse
tipo de animal aumenta. Veja abaixo alguns cuidados necessários.
Em 2024, foram 7.407 acidentes com escorpiões no estado — o que representa uma média de 20 casos por dia.
O
escorpião amarelo é o tipo mais comum do Ceará e costuma ter acesso às
casas pela rede de esgoto, soleiras de portas, janelas e pela fiação
elétrica.
A
Sesa explicou que os escorpiões costumam viver na rede de esgoto e nas
caixas de gordura das residências, assim como em locais escuros com
entulho.
De
acordo com o assessor técnico do Programa de Acidentes por Animais
Peçonhentos da Sesa, Ivan Luiz de Almeida, os acidentes com esses
animais tendem a aumentar durante a quadra chuvosa. “Durante o inverno,
os acidentes aumentam porque os possíveis abrigos deles ficam cheios de
água, devido à quantidade de chuvas”, explicou Ivan.
Uma
das medidas de prevenção é combater as baratas, principal alimento dos
escorpiões. “A limpeza dos ambientes é fundamental, assim como evitar o
acúmulo de entulhos e manter ralos sempre fechados ou telados”, destacou
o assessor técnico.
Em
caso de acidentes com animais domésticos, a prevenção ainda é mais
importante, porque só existe soro para humanos. “Os tutores não devem
deixar os pets chegarem próximo ou cheirarem esses animais, assim como
devem sempre retirar os restos de alimentação, que podem acarretar a
proliferação de baratas”, complementou Ivan.
Sintomas
A
pessoa picada por um escorpião pode apresentar sintomas leves,
moderados ou graves. Na manifestação leve, que corresponde à maioria dos
casos, o principal sintoma é a dor local, podendo ser acompanhada por
formigamento.
“Nas
pessoas, o veneno é capaz de afetar o sistema nervoso e causar muita
dor no local da picada, podendo se estender para o membro inteiro. As
dores acontecem imediatamente após o ataque”, explicou Ivan.
“Nos
casos moderados, os sintomas podem evoluir para suor excessivo, vômitos
e taquicardia. Nos acidentes graves, além da dor intensa, pode
acontecer salivação, insuficiência cardíaca, edema pulmonar e até a
morte”, reforçou o assessor técnico.
Segundo
o técnico, as crianças são a população mais sensível, em caso de
picada. “Crianças de zero a dez anos ou com até 20 kg são as populações
com maior risco de agravamento do quadro”, salientou.
A
orientação, nesses casos, além de lavar o local com água e sabão, é
procurar por atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve
ir até uma emergência e, caso tenha matado o animal agressor, deve levar
para apresentar no momento do atendimento”, orientou.