sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Ninfomaníaca: como saber se você é viciado em sexo ou apenas tem muitas relações

O vício em sexo é caracterizado por uma compulsão irresistível por atos sexuais, segundo especialistas ocorrem de maneira descontrolada e persistente. o que é totalmente diferente de um desejo sexual saudável e equilibrado, que pode ser explorado de maneira consensual e prazerosa.

“O vício em sexo pode interferir na vida pessoal, social e profissional do indivíduo”, explica sexologista e terapeuta sexual João Borzino.

Borzino cita ainda a ninfomania que é um distúrbio psiquiátrico no qual o paciente tem um desejo compulsivo por sexo. De forma descontrolada, esse problema gera uma série de problemas negativos, como não conseguir mais manter uma vida social ou profissional.

“Muitas pessoas confundem o gosto por uma vida sexual ativa e frequente com o vício. A linha entre gostar de ter sexo frequentemente e ser viciado em sexo pode ser tênue, mas existem algumas diferenças cruciais”, diz o sexólogo.

Veja alguma delas:

1. Controle sobre o comportamento: Uma pessoa que gosta de ter sexo frequentemente o faz de forma consensual e consciente, com controle sobre suas ações. Já quem é viciado em sexo perde esse controle, agindo de maneira compulsiva, sem considerar as consequências.

2. Impacto na vida diária: O vício em sexo interfere negativamente em várias áreas da vida, como relacionamentos, trabalho e saúde mental. Quem gosta de sexo, mas de maneira saudável, pode equilibrar sua vida sexual com suas responsabilidades cotidianas.

3. Culpa e angústia: Muitas pessoas com compulsão sexual sentem vergonha e arrependimento após o ato, um sentimento que não está presente em pessoas que apenas têm uma vida sexual ativa e satisfatória.

Para se ter um diagnóstico clínico de vicio em sexo é necessário ter uma avaliação clínica, comportamental e emocional do paciente e deve-se observar:

  • Comportamento repetitivo e descontrolado: a pessoa continua a buscar sexo, mesmo quando isso causa danos a sua vida pessoal e emocional.
  • Perda de interesse em outras atividades: a obsessão por sexo acaba deixando de lado outras áreas importantes da vida, como relacionamentos e trabalho
  • Tentativas fracassadas de controle: a pessoa tenta, mas não consegue, controlar o impulso sexual.
  • Comprometimento psicológico: a compulsão sexual está frequentemente ligada a sintomas de ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos.

“A longo prazo, o vício em sexo pode levar a sérios problemas psicológicos, como depressão, ansiedade crônica, e até questões de saúde física, como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), devido a comportamentos de risco”, afirma Borzino.

(*)com informação do Jornal Extra