Lula, Alckmin e Moraes | Divulgação/Ricardo Stuckert/PR, Divulgação/Cadu Gomes/VPR e Divulgação/Antonio Augusto/STF
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19), a ‘Operação Contragolpe’ para desarticular uma organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado e um possível assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), em 2022.
Em nota oficial, a PF afirmou que “a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022”.
O planejamento criminoso intitulado ‘Punhal Verde e Amarelo’ estava previsto para acontecer no dia 15 de dezembro de 2022. Segundo investigações, entre os envolvidos no esquema estão, em maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). Ainda, estavam nos planos a prisão e execução do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado pelo grupo, caso o Golpe de Estado fosse concretizado.
A Operação cumpre cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
Ainda, segundo a PF, o grupo tinha planejamento detalhado dos recursos humanos e bélicos necessários para realizar os atos criminosos. “Além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, complementa a PF em nota.
Os alvos da Operação Contragolpe
De acordo com informações da Agência Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou a prisão preventiva de cinco integrantes das forças especiais do exército, identificados como ‘kids pretos’. São eles:
- Mario Fernandes, general de Brigada (da reserva), ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
- Wladimir Matos Soares, policial federal.
Segundo a Polícia Federal, os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
FONTE MISÉRIA