Foto Martine Perret/ ONU |
O
Brasil é o oitavo país do globo e o maior poluidor da América Latina
quando o assunto é o descarte de plástico no oceano. São 1,3 milhão de
toneladas lançadas anualmente revela o relatório Fragmentos da
Destruição: impacto do plástico à biodiversidade marinha brasileira
lançado nesta quinta-feira (17), pela Organização não Governamental
(ONG) Oceana. Esse volume representa 8% desse tipo de poluição em todo o
planeta.
De
acordo com o oceanólogo e diretor-geral da Oceana, Ademilson Zamboni, o
estudo foi pensado como uma ferramenta para dimensionar o problema da
poluição plástica no país e deve impulsionar uma transição que supere o
desafio ambiental, econômico e social causado pelo modelo atual. “O
plástico que polui nossos mares chega lá por conta de um modelo de
produção e descarte que precisa ser urgentemente substituído”.
O
impacto dessa poluição sobre os ecossistemas e até sobre a alimentação
humana são algumas das evidências observadas pelos pesquisadores, que
constataram a ingestão de plástico em 200 espécies marinhas, das quais
85% estão em risco de extinção. Desses animais, um em cada 10 morreu em
decorrência de problemas como desnutrição e diminuição da imunidade após
a exposição a compostos químicos nocivos às espécies, descreve o
relatório.