quinta-feira, 13 de junho de 2024

Polícia Federal indicia ministro das Comunicações por corrupção passiva

Juscelino Filho (União Brasil). Foto: Divulgação

A Polícia Federal chegou a conclusão de que o atual ministro das Comunicações do governo Lula (PT), Juscelino Filho (União Brasil), seria parte de uma organização criminosa. De acordo com a PF, o ministro teria cometido crime de corrupção passiva por meio de obras de pavimentação custeadas através de recursos da estatal Codevasf. Segundo divulgado, Juscelino Filho foi indiciado por corrupção passiva.

As suspeitas que levaram ao indiciamento do ministro consideram irregularidades em obras realizadas na cidade maranhense de Vitorino Freire, município administrado por Luanna Rezende, irmã de Juscelino. As suspeitas tem ligação direta com o ministro, já que parte dessas obras foi custeada com emendas indicadas por Juscelino Filho, no período em que ele atuava deputado federal.

Destaca-se que, um dos pontos utilizados pela Polícia Federal para justificar o indiciamento, é um relatório da Controladoria geral da União (CGU). De acordo com a PF, o documento aponta que uma das obras foi feita para beneficiar e valorizar um imóvel que pertence à família do ministro das Comunicações.

Detalha-se que o relatório final do caso foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que, por ocupar cargo de estado, Juscelino tem foro privilegiado. A relatoria da ação no âmbito do  STF está com o ministro Flávio Dino.

Lembra-se que as investigações que chegaram ao nome de Juscelino Filho começaram ainda em 2023, e primariamente se debruçavam sobre desvios feitos na Codevasf, de modo especial nas obras realizadas pela construtora Constrservice, que tinha Eduardo José Barros (Eduardo DP) como sócio oculto. O nome do ministro das Comunicações passou a entrar no arco de investigações após mensagens entre ele e Eduardo DP serem encontradas com no celular do empresário, apreendido na primeira fase da operação.

A PF sustenta que as mensagens encontradas deixam evidente a participação de Juscelino Filho no esquema corrupção. Pontua, ainda, que o papel do então deputado federal era “conhecido por todos os membros”. Nessa linha, a PF indica que o grupo do ministro foi responsável por “suposto desvio ou apropriação e uso indevido de, no mínimo, R$835,8 mil”

Até o momento não houve declaração pública do ministro de Estado sobre o indiciamento. O governo também não comentou o assunto.

Fonte Miséria