
O
Ceará tem 52 açudes sangrando segundo informações da Companhia de
Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Os últimos dois reservatórios que
atingiram 100% de sua capacidade foram o Araras, em Varjota, e Mundaú,
em Uruburetama. Ambos na Região Norte.
Segundo
a Cogerh, 16 reservatórios estão com mais de 90% de sua capacidade
total. Hoje, o estado tem um aporte total de 9 bilhões de metros cúbicos
aos reservatórios em 2024.
O
acumulado total dos 157 reservatórios monitorados pela Cogerh está
próximo de atingir 50% de sua capacidade. Caso isso ocorra, pode superar
o acumulado de 2023, que alcançou 51% das reservas hídricas. "Estamos
nos aproximando dos números do ano passado, faltando um mês e meio para o
fim da quadra chuvosa", comparou Tércio Tavares, diretor de operações
da Cogerh.
No
entanto, na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús, o cenário é
diferente, com pouco mais de 20% de reservas hídricas e alguns açudes
secos. "Isso reflete nossa característica de chuvas irregulares no tempo
e no espaço”, explicou Tércio. Trinta e um reservatórios registram
menos de 30% de sua capacidade total.
Tércio
Tavares, diretor de Operações da Cogerh, comemora a boa recarga dos
açudes, mas enfatiza a necessidade de aguardar o período de chuvas de
abril e maio para fazer uma avaliação mais precisa. “Até lá, é
importante lembrar do uso cauteloso e prudente da água, pois vivemos em
uma região semiárida e não podemos ter certeza de como será a próxima
quadra chuvosa”, concluiu Tércio.
Situação dos principais açudes
O
Castanhão, maior reservatório do país, tem atualmente 25% da sua
capacidade, conforme a Cogerh; e o Orós, segundo maior do estado, 52%.
Já o Banabuiú se encontra com 37%.