quinta-feira, 28 de março de 2024

Acopiara ocupa a segunda posição no ranking de 60 municípios cearenses com focos de calor ao longo de 2023

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme divulgou a primeira edição do Anuário de Focos de Calor do estado do Ceará. As informações são referentes ao ano de 2023.

O órgão utilizou dados de 10 satélites, sendo oito de órbita polar e dois geoestacionários.

No documento, indica-se que o Ceará apresentou 93.829 focos de calor. A distribuição espacial e temporal mostra maior densidade nas regiões Sul e Noroeste do estado.

O período crítico de detecções de focos de calor ocorreu entre os meses de setembro e dezembro, atingindo seu ápice em outubro, com um total de 28.787 focos.

Os municípios com os maiores registros foram: Icó (3.748 focos), Acopiara (3.085), Mombaça (2.800), Saboeiro (2.152) e Crateús (2.094). O município de Várzea Alegre está na 8ª posição com 1.673 de focos, o equivalente a 1,78%.

Além de disponibilizar informações sobre o comportamento da distribuição e do quantitativo dos focos de calor no estado do Ceará ao longo do ano de 2023, o documento Anuário de Focos de Calor tem por objetivo também de demonstrar as ações de apoio realizadas pela Funceme, junto às defesas civis e o Corpo de Bombeiros, no enfrentamento de combate aos incêndios florestais.

Desde de 2005, a Funceme é responsável, no contexto do Programa Estadual  de Prevenção, Monitoramento e Controle de Queimadas aos Incêndios Florestais (Previna), pelo monitoramento de queimadas e incêndios florestais sobre o território cearense, e das condições meteorológicas que potencializam a ocorrência e a propagação do fogo na vegetação.

De acordo com o pesquisador Frank Baima, o conhecimento da dinâmica do fogo, tanto na variabilidade espacial quanto na temporal, é de fundamental importância para a definição de ações estratégicas no enfrentamento e combate aos incêndios florestais em uma determinada região.

“O Anuário elaborado pela Funceme tem como objetivo apontar as regiões de maior incidência em relação às detecções de focos de calor, indicando os municípios, áreas de conservação e até mesmo trechos de rodovias mais impactadas pelo fogo”, explica.

Ainda de acordo com Baima, apesar de os números de queimadas estarem majoritariamente atrelados à questão antrópica, as condições climáticas também possuem um importante influência nos registros de fogo na vegetação no estado, principalmente no segundo período do ano, quando há condições de tempo quente, seco e ventos intensos que, por consequência, favorecem o alastramento do fogo na vegetação, favorecendo incêndios florestais.

Tais informações servem como base para ações de contingência da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros no enfrentamento e combate aos incêndios florestais no estado do Ceará para o segundo semestre de 2024.

Com informações do Site Várzea Alegre Agora.