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Foto Bruno Gomes |
O
Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (15) que irá priorizar
a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação da vacina contra a dengue.



O
país irá adquirir 5,2 milhões de doses da Qdenga, fabricada pelo
laboratório japonês Takeda, além de receber doações. O quantitativo irá
possibilitar vacinação de até 3 milhões de pessoas, já que o esquema
vacinal prevê duas doses.
De
acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder
Gatti, a faixa etária é preconizada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização,
composta por especialistas na área e que reuniu-se hoje.
“Dentro
desse grupo [6 a 16 anos], vamos ver qual é o melhor grupo etário para
ter melhor resultado epidemiológico, evitando hospitalizações e mortes”,
explicou o diretor.
A
definição sobre qual público-alvo, bem como as localidades
prioritárias, será feita em conjunto com estados e municípios, em
reunião marcada para última quinta-feira deste mês.
Gatti
confirmou que a previsão é iniciar a vacinação em fevereiro. No dia 21
de dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina no
Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o governo federal, o Brasil é o
primeiro país do mundo a oferecer o imunizante em sistema público e
universal.
O
imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e é indicado para prevenção de dengue de 4 a 60 anos
de idade, independentemente de a pessoa ter tido ou não a doença
previamente.
O Brasil bateu recorde de mortes por dengue no ano de 2023. Foram 1.079 mortes pela doença até o dia 27 de dezembro.
De
acordo com a OMS, o país tem o maior número de casos da doença no
mundo, respondendo por metade do total global. Autoridades de saúde já
alertaram para uma epidemia da doença no Brasil em 2024.