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Foto Camila Lima |
Uma
das inovações tecnológicas mais premiadas do Ceará, o capacete Elmo
deve ganhar, em 2024, uma versão pediátrica: o “Elminho”, destinado a
bebês e crianças com complicações por doenças respiratórias. O projeto
foi anunciado nesta quarta-feira (25) em evento na Faculdade de Medicina
(Famed) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O
dispositivo de ventilação foi pensado para ajudar na respiração e
evitar a intubação de pacientes pediátricos, e será utilizado em
pequenos de 6 meses a 14 anos de idade. Por enquanto, o Elminho está em
fase de estudos e busca de apoio e recursos para ser viabilizado.
“A
1ª etapa é desenvolver o dispositivo, testar em pacientes e tornar um
produto viável para produção. A 2ª etapa é ele ser adotado pelo sistema
de saúde”, informa Marcelo Alcântara, professor do Departamento de
Medicina Clínica da UFC e idealizador do capacete Elmo.
O
protótipo será elaborado até abril, e o “teste número 1” do capacete em
crianças será feito ainda neste semestre, segundo Marcelo. Para isso, é
necessária a estruturação do Laboratório da Respiração (RespLab) da UFC
e a captação de voluntários.
Após
os primeiros testes, o Elminho começará a ser utilizado em pacientes
pediátricos com problemas respiratórios no Hospital Geral Waldemar de
Alcântara (HGWA) e no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), ambos da
rede estadual. A previsão é de que essa fase ocorra entre maio e agosto
de 2024.
Marcelo
explica que, além do tamanho, as diferenças entre o Elmo e o Elminho
são necessárias porque “a população pediátrica, principalmente bebês e
crianças menores de 10 anos, precisa de um tipo de dispositivo
peculiar”.
“Para
bebês, por exemplo, ele será fixado de outra forma, no ‘bumbum’. Na
criança maior, terá outro formato. O capacete tem que ser muito mais
confortável e ter um design atraente à criança e à família, pra que
tenha uma boa aceitabilidade boa, usabilidade e segurança”, define o
pesquisador.
O
orçamento necessário para tocar o projeto e fabricar os capacetes
Elminho foi estimado ainda durante a pandemia de Covid, de modo que está
“defasado”, como pontuou Marcelo.
“A
equipe deve se reunir com apoiadores e definir o investimento a ser
feito para trazer o Elminho à prática”, frisa, lamentando a
“dificuldade” de obter apoio neste momento “pós-pandemia”.