
O ano de 2023 acabou sem que medidas mais duras fossem adotadas contra Enel pela má qualidade dos serviços prestados a população do Ceará. Seja nas pequenas, médias e grandes cidades, como acontece na Região Metropolitana de Fortaleza, a Enel pintou e bordou, se tornou na empesa com mais queixas dos consumidores e, mesmo com esses contratempos, não sofreu punições à altura dos prejuízos causados aos clientes.
A constante oscilação da rede elétrica, com queda do serviço, gerando, assim, queima de equipamentos, a demora no atendimento aos pedidos feitos pelos consumidores e a longa demora para ligações de baixa e alta tensão serem realizadas, deixam clientes ainda mais insatisfeitos.
As muitas reclamações levaram a Assembleia Legislativa a criar, no primeiro semestre de 2023, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias contra a Enel, mas, seis meses após iniciados os trabalhos, os cearenses não sabem qual contribuição a CPI deixará para uma eventual melhoria na prestação de serviço pela estatal de energia elétrica.
Enquanto no Ceará a Enel continua impune, no Rio de Janeiro e São Paulo, a empresa é alvo de uma ação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública que abriu um processo administrativo sancionador por falhas no fornecimento de energia elétrica e suposta infração ao Código de Defesa do Consumidor, devido aos apagões causados por fortes chuvas em novembro.