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Em liminar concedida na tarde desta terça-feira (10), a juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, titular da 28° Vara Cível de Fortaleza, acatou ação protocolada pelo senador Cid Gomes e destituiu a Comissão Provisória que a executiva nacional do PDT havia instaurado no Ceará. O despacho feito pela magistrada restituiu os mandatos do diretório anterior e mantém a convocação feita pelo senador Cid Gomes para reunião deliberativa em que uma nova diretoria para a legenda no estado seria eleita.
Salienta-se que a executiva estadual é composta por 84 membros, destes um total de 49 assinaram a convocação de novas eleições. Pontua-se, ainda, que a ação que resultou da dissolução da Comissão Provisória contava com endosso de ao menos 17 outros políticos foliados ao PDT, entre deputados estaduais e federais. Uma nova eleição deverá ocorrer na próxima segunda-feira (16).
Cid Gomes tenta manter-se no partido e chegar à presidência da legenda em contexto estadual. O irmão de Ciro Gomes estava na presidência do partido até a última quinta-feira (5), quando o presidente nacional do PDT, André Figueiredo, anunciou a retirada de Cid do cargo. André afirmou que retornaria ao posto de comandante da sigla no Ceará, todavia, pouco depois articulou para instauração de uma Comissão Provisória sob chefia de Cristhina Brasil.
A decisão judicial em destaque é o novo capítulo da disputa que o PDT vive. O embate entre as forças internas do partido vem sendo visualizado desde as eleições de 2022. Há uma ala pedetista, aliada a Cid, que defende o alinhamento direto com o governo Elmano de Freitas (PT). Todavia, o grupo de André Figueiredo, Ciro Gomes e do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, é frontalmente contrário a esse adentramento e defende que o partido assuma posição de independência.
