Foto: Divulgação/PF
A Polícia Federal apreendeu 55 quilos de cocaína no compartimento de um navio cargueiro que estava atracado no porto do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza. O caso foi registrado na tarde deste domingo, 29.De acordo com a PF, a droga estava embalada em tabletes e escondida em duas bolsas, dentro da caixa de mar do navio. O material foi encontrado pela tripulação da embarcação e foi encontrada durante uma fiscalização de rotina. O recurso de usar o casco do navio tem sido cada vez mais usado pelos traficantes pela dificuldade da inspeção.
A apreensão foi feita em atuação conjunta da diretoria do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Ceará. Esta é a quinta apreensão de cocaína em casco de navio no local nos últimos cinco anos, segundo atualização de resposta dada pelo próprio CIPP ao O POVO, que publicou série de reportagens sobre o tema em julho deste ano.
O navio veio do Rio de Janeiro, passou pelo porto de Santos, em São Paulo, havia atracado no Pecém e depois seguirá para Las Palmas, na Espanha. A Europa é o principal destino da cocaína que parte do Brasil, e o transporte marítimo é o mais acionado pelos traficantes e o que movimenta as maiores quantidades. Ninguém foi preso. A droga foi levada para a Superintendência Regional da Polícia Federal. Um inquérito será aberto para investigar o caso. Conforme o órgão, os envolvidos na ação podem responder por tráfico internacional de drogas, crime com penas de até 25 anos de reclusão.
Nos últimos anos, os casos de apreensões de droga em casco de navios no Pecém foram acima dos dois registros de apreensões feitas em contêineres no local. O caso mais recente de cocaína em navios no Ceará havia sido em 26 de janeiro deste ano, no porto do Mucuripe, com 10 kg descobertos no casco de um cargueiro que veio do Pará, estava atracado em Fortaleza, seguiria para Natal (RN) e depois Europa. No Pecém, a apreensão anterior havia sido de 65 kg, em 14 de dezembro do ano passado, também no casco de um navio que seguiria para a Europa.
O Povo