Foto Fabiane de Paula/SVM |
Doenças
cardiovasculares foram as principais causas de acionamento do Serviço
Móvel e Urgência (Samu) Ceará, no primeiro semestre deste ano. Os casos
de Acidente Vascular Cerebral (AVC) lideram a lista, com 1.867
atendimentos, seguidos por casos de Infarto Agudo Miocárdio (IAM), com
1.377. Os dados são do boletim de indicadores do Samu 192 Ceará,
publicado no último dia 18 de agosto. Esta é a primeira vez que o
documento é disponibilizado pelo serviço, o objetivo é viabilizar
pesquisas com base nas informações apresentadas.
No
caso das doenças cardiovasculares, o Samu faz uso — quando indicado —
de trombolíticos, uma medicação capaz de desobstruir as artérias
afetadas pelo IAM. O remédio é administrado de forma precoce nas
ambulâncias e, de acordo com o boletim, em quase seis anos, 1.676
pacientes já foram beneficiados com o uso do medicamento, no Ceará.
Samu está mais rápido, segundo o boletim
“Um
ponto que a gente pode colocar como uma grande vitória [dos dados
publicados] é a diminuição do tempo resposta, comparado à meta
estabelecida no ano passado”, destaca Nilson Mendonça Filho,
superintendente do Samu 192 Ceará.
Essa
diminuição, de acordo com ele, é um sinal positivo pois, além de
reduzir as taxas de mortalidade e o tempo de internação em unidades
hospitalares, também atenua possíveis sequelas. “Quanto menor o tempo
resposta, melhor para o paciente”.
“Hoje,
a gente consegue atingir um percentual de frota ativa bem considerável,
temos uma média de 92%, 93% da frota ativa no Estado. Isso repercute
diretamente no tempo resposta, lembrando que a meta operacional é de
75%”, adiciona o superintendente.
Outra
ação, que pode ter colaborado na diminuição do tempo, é a coleta de
dados de localização e de condições dos pacientes. A partir disso, a
equipe passa a ter mais segurança na hora de decidir o atendimento
adequado para cada caso. As informações são repassadas pela própria
pessoa que faz a ligação. Pode ser um parente, conhecido, uma pessoa que
presenciou o incidente etc. “São sistemas operacionais feitos pela
gestão que trazem esse avanço.”