O
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou neste sábado (12) de um
ato de vacinação infantil contra a covid-19 em Maceió (AL). Durante o
ato, o ministro vacinou duas crianças e voltou a afirmar que, até o dia
15 de fevereiro, o ministério vai distribuir vacinas suficientes para
aplicar a primeira dose em todas as crianças de 5 a 11 anos no país.
Na
ocasião, o ministro voltou a defender a não obrigatoriedade da
vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas fez um apelo para que os pais
levem seus filhos para vacinar. Na terça-feira (8), Queiroga informou
que após 55 dias da aprovação da primeira vacina para uso infantil
contra a covid-19 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), o percentual de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira
dose de imunizantes contra a doença não passa de 15%.
“Vamos
disponibilizar as vacinas para os pais e eu exorto a cada pai e cada
mãe que levem seus filhos para a sala de vacinação”, disse.
Queiroga
também criticou a aplicação de uma segunda dose de reforço das vacinas
contra a covid-19 e disse que o país precisa avançar antes na aplicação
da dose de reforço ou terceira dose. A aplicação de uma quarta dose foi
levantada pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
“Antes
de querer aplicar quarta dose sem evidência científica precisamos
avançar na aplicação da terceira dose de vacina. O Brasil aplicou em
cerca de 30% da sua população a dose de reforço, não queremos aplicar
uma quarta dose sem ainda ter uma evidência científica forte”, explicou.
Um
levantamento do Ministério da Saúde aponta que mais de 54 milhões de
brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram.
Até o momento, 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional.
As
doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo
vacinal. As pessoas devem consultar as secretarias municipais de saúde
para se informarem sobre os locais onde essas doses estão sendo
aplicadas. Até o momento, o ministério recomenda a aplicação de uma
quarta dose apenas para pessoas com alto grau de imunossupressão.
“Nos
últimos seis meses reduzimos mais de 80% dos óbitos de covid-19 em
nosso país. Vamos enfrentar essa variante Ômicron e vamos vencê-la, como
vencemos a Delta, como vencemos a Gama e vamos livrar o Brasil da
pandemia da covid-19 para voltarmos a ser felizes, como éramos antes”,
afirmou o ministro.