A
variante indiana Delta representa hoje uma das principais ameaças à
melhora nos índices da pandemia de Covid-19 no Ceará. Por sua alta
capacidade de transmissibilidade, é apontada como potencial deflagradora
de uma possível terceira onda pandêmica no Estado.
Por
ter se tornado “muito mais transmissível” que o coronavírus original,
“a gente tem que ser muito mais eficiente em detectar cedo, testar cedo e
tirar aquela pessoa [infectada] de circulação, botar em isolamento ou
quarentena cedo”, endossa o consultor em infectologia da Escola de Saúde
Pública do Ceará (ESP-CE), Keny Colares.
Devido
ao risco iminente de aumento dos casos de Covid no Estado, o médico
infectologista defende ainda a ampliação da cobertura vacinal, de
preferência com as duas doses, e maior rigor no cumprimento das regras
sanitárias de prevenção como uso de máscara, álcool em gel, etc.
Mesmo
com os esforços da comunidade científica para compreender a doença e
tentar contê-la, Keny Colares pondera ser ainda prematuro cravar se a
Delta, por si só, geraria sintomas mais leves – como o de um simples
resfriado – ante as variantes identificadas anteriormente. Há várias
pesquisas buscando respostas, mas não há nada “conclusivo”, afirma.