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Professores não se sentem seguros em retomar as atividades em sala de aula, estão mais acostumados com o uso da tecnologia e se sentem mais valorizados.
É o que aponta a terceira etapa da pesquisa "Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do Coronavírus no Brasil” realizada pelo Instituilo Península, que avalia como os professores se sentem neste período de pandemia.
Foram ouvidos mais de 3.800 profissionais de todo o país entre 20 de julho e 14 de agosto de 2020. Ao serem questionados sobre o retorno às atividades presenciais nas escolas, 86% dos professores responderam que não se sentem seguros.
Em uma escala de 0 a 5, na qual 0 indicava “nada confortável” e 5 “muito confortável” com o retorno ao ensino presencial, a média dos respondentes foi de 1,07.
Para 73% dos professores gostariam de ter mais apoio para lidar com os protocolos de retorno e questões de saúde. E 68% afirma que gostaria de ter mais apoio para dar suporte emocional para os alunos.
A preocupação com os alunos também é grande para o retorno às aulas: 79% dos declararam que irão adotar estratégias de acolhimento e apoio emocional para os alunos. E a maior preocupação nesta quarentena (75%) é em relação à saúde emocional dos alunos, à frente até mesmo da sua própria saúde mental (54%).
Apesar dos professores afirmarem que se sentem valorizados pela sociedade (72%), a pesquisa mostra que eles continuam ansiosos (64% dos respondentes) e sobrecarregados (53%).
Esta terceira etapa da pesquisa mostra que os professores estão mais familiarizados e seguros com o uso das ferramentas tecnológicas nas aulas.
Em abril e maio, na segunda fase da pesquisa, 83% dos professores afirmaram que não estavam preparados para o ensino virtual. Após a prática ter sido imposta pela pandemia, atualmente 49% afirmam que a falta de formação é um desafio para ensinar remotamente. Como consequência, 94% dos professores indicaram que agora enxergam a tecnologia como muito ou completamente importante no processo de aprendizagem dos alunos. Antes, apenas 57% tinham essa percepção.