A empresa AstraZeneca, em conjunto com a universidade britânica de
Oxford, anunciou nesta sexta-feira (5) que iniciará testes da vacina
contra a covid-19 em pacientes brasileiros e que os resultados devem ficar prontos em setembro.
Os testes foram liberados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), em uma publicação no Diário Oficial na última terça-feira
(2) e testará, em sua fase inicial, 2 mil brasileiros.
Apesar disso, os ensaios clínicos em humanos já acontecem desde o final
de abril com pacientes britânicos, e a empresa afirma que decidiu não
esperar o resultado dos testes para iniciar a produção.
"Estamos começando a produzir esta vacina agora, tem que estar pronta
para quando tivermos os resultados", explicou o diretor executivo da
empresa, Pascal Soriot para rede britânica BBC na quinta-feira (4).
O diretor afirmou que, em fase inicial, a AstraZeneca pretende produzir
mais de 2 bilhões de doses da vacina, destinando metade delas a países
em desenvolvimento. Para ele, o risco financeiro da vacina não funcionar
não é um problema caso salve vidas.
O grupo também anunciou um acordo de US$ 750 milhões (equivalente a R$
3.750 milhões) para as organizações internacionais, CEPI e GAVI, com o
objetivo de aumentar a fabricação em 300 milhões de doses com entrega
prevista a partir do final do ano.
Os testes da vacina experimental, conhecida como ChAdOx1 nCoV-19, em
São Paulo, serão conduzidos pelo Centro de Referência para
Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp).
*Estagiário do R7 sob supervisão de Deborah Giannini