O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes
prorrogou hoje (19) por mais cinco dias a prisão da ativista Sara
Fernanda Geromini, conhecida como Sara Winter. Ela está custodiada no
presídio feminino do Distrito Federal.
Na
segunda-feira (15), Sara foi presa pela Polícia Federal (PF) por
determinação do ministro e a pedido da Procuradoria-Geral da República
(PGR) na investigação que apura ataques a instituições, como pedidos de
intervenção militar e o fechamento do Congresso e do Supremo.
A
ativista já foi denunciada pela Procuradoria da República no Distrito
Federal pelos crimes de injúria e ameaça ao ministro. A denúncia foi
enviada à 15ª Vara Federal de Brasília.
Ontem (18), a ministra Cármen Lúcia, do STF, negou um pedido de liberdade feito pela defesa de Sara Winter.
Segundo
a defesa, houve abuso de poder e ilegalidade na decretação da prisão.
Para os advogados, Sara é vítima de perseguição política.
“Se
pessoas condenadas por tráfico de drogas podem ser beneficiadas por HC
[habeas corpus] para ficarem em prisão domiciliar com seus filhos
menores, qual o motivo a ora paciente deverá, duplamente, permanecer
encarcerada, se não cometeu crime algum, não é condenada, não é
autoridade com foro de prerrogativa, e possui um filho de 5 anos de
idade?”, questionou a defesa no STF.