O filme de direitos civis Selma – Uma Luta pela Igualdade foi
distribuído gratuitamente na sexta-feira (5), um dia após o ator David
Oyelowo dizer que os eleitores do Oscar desprezaram deliberadamente o
filme em 2015.
Oyelowo, que interpretou Dr. Martin Luther King Jr. no filme, disse que
membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas manifestaram
objeção quando integrantes do elenco de Selma protestaram contra a morte de um norte-americano negro.
"Lembro-me na estreia de Selma, quando vestimos camisetas com
os dizeres 'Não consigo respirar' em protesto", disse Oyelowo,
referindo-se à morte de Eric Garner, em Nova York, depois de ser detido.
Garner morreu em julho de 2014 e "Selma" estreou em dezembro de 2014.
"Os membros da Academia ligaram para o estúdio e para nossos produtores
dizendo: 'Como eles ousam fazer isso? Por que eles estão mexendo nessa
merda?' E 'Não vamos votar nesse filme porque não achamos que é da
alçada deles fazer que isso'".
Oyelowo e a diretora Ava DuVernay ficaram fora das indicações ao Oscar
em 2015, ajudando a estimular a campanha #OscarsSoWhite que exige maior
diversidade em Hollywood. Selma ganhou apenas o prêmio de melhor música original no Oscar.
O britânico Oyelowo deu a declaração em conversa virtual sobre racismo
nos Estados Unidos depois da morte em maio de George Floyd em
Mineápolis.
(Reportagem de Jill Serjeant)