O
Ceará tem 5 cidades no ranking nacional que aponta os 50 municípios
brasileiros que levam menos dias para duplicar o número de casos de
Covid-19. O levantamento é realizado pelo MonitoraCovid-19, da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados da plataforma, atualizados até esta
quarta-feira (13), consideram somente cidades com mais de 30 casos
confirmados da doença.
Os
municípios cearenses no ranking são Itapipoca (média de 6,5 dias para
duplicação); Sobral (média de 7 dias); Caucaia (média de 7,5 dias);
Fortaleza (média de 7,57 dias); e Canindé (média de 8 dias). Além disso,
Maranguape e Fortaleza figuram na lista que considera a duplicação de
óbitos.
Pior
cenário do Estado, Itapipoca registrava, em 1º de maio, 80 casos
confirmados e 3 óbitos em decorrência da doença. Uma semana depois, no
dia 8, o número de casos mais que dobrou - 206 notificações. Até às
17h57 desta quarta-feira (13), a cidade já contabilizava 277
confirmações e 21 óbitos, segundo a plataforma IntegraSUS, da Secretaria
da Saúde (Sesa) do Ceará.
Ainda
segundo a última atualização da plataforma, o Ceará registrou o recorde
de mortes em um período de 24 horas, com outros 109 óbitos
contabilizados desde esta terça-feira (12). Agora são 1.389 pessoas que
não resistiram à Covid-19, com mais 19.156 diagnósticos positivos para a
doença.
Em
nota, a FioCruz informou que a transmissão do vírus se dá com base nas
lógicas de circulação de pessoas e mercadorias. Neste contexto, algumas
cidades estão posicionadas no centro de uma rede de circulação, o que
favorece a disseminação tanto nas capitais como nos municípios menores.
Conforme
a Fiocruz, “existe uma tendência à interiorização da epidemia”, que
está chegando de forma acelerada aos municípios de menor porte. No
Ceará, até o último dia 11, mais da metade (55%) dos pequenos
municípios, com até 10 mil habitantes, já registravam casos da doença.
Nas cidades com 10 mil a 20 mil habitantes, este índice chega a 95%. Já
nos municípios com mais de 20 mil habitantes, “todos já têm algum caso
confirmado e informado por meio de suas autoridades locais”, aponta a
Fiocruz.