O número de casos confirmados de Covid-19
no estado de Nova York, maior foco da pandemia no momento, subiu para
113.704 neste sábado, 10.841 a mais do que na sexta-feira (3), enquanto o
número de mortes causadas pela doença chegou a 3.565, um aumento de 630
em relação à véspera, anunciou o governador Andrew Cuomo, que disse
esperar o pico de contágios nos próximos sete dias.
Em entrevista coletiva diária, Cuomo detalhou que o maior número de
casos continua concentrado na cidade de Nova York, que totaliza 53.306,
6.147 a mais do que na sexta-feira (3). Explicou também que o número de
internações e admissões para tratamento intensivo segue aumentando.
No momento, 15.905 pessoas no estado estão hospitalizadas devido ao
novo coronavírus, 1.095 a mais do que na véspera, e 4.126 pacientes
estão em terapia intensiva, 395 além das contabilizadas na sexta-feira.
Por outro lado, o governador quis destacar que 10.478 pessoas receberam
alta médica desde o surto da pandemia, 1.592 pacientes entre ontem e
hoje.
"Eu gostaria que isto acabasse, só se passaram 30 dias desde o primeiro
caso, mas parece uma vida inteira", disse Cuomo, que classificou a
situação como "quase incontrolável".
Ao longo do discurso, o governador disse ainda que, segundo sua leitura
das projeções mais recentes, espera que o pico da curva de contágios,
que será "o maior desafio para o sistema de saúde", ocorra nos próximos
sete dias.
"Estamos nos aproximando do pico, dependendo do modelo usado estamos a
quatro, cinco, seis, sete dias, embora alguns o estendam para 14 dias,
mas nossa leitura das projeções é que estamos em algum lugar perto do
intervalo de sete dias", disse o governador antes de enfatizar que Nova
York ainda não está pronta para lidar com a situação.
Cuomo explicou que 85 mil profissionais da saúde (22 mil de outras
partes do país) já se voluntariaram para combater a pandemia, e
acrescentou que emitirá uma ordem para que os estudantes de medicina com
formatura marcada possam começar a atuar.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou na noite de
sexta-feira que chegou a um acordo com as companhias aéreas JetBlue e
United Airlines para oferecer voos gratuitos de ida e volta para o
profissionais da saúde voluntários para lidar com a pandemia em Nova
York.