O ex-presidenciável Ciro Gomes criticou em entrevista nesta quinta-feira, 9, o discurso a favor do uso de cloroquina de Jair Bolsonaro. De acordo com o cearense, não é papel de políticos recomendar o uso de remédios. “A gente que é leigo que saia da discussão”, diz.
“Eu acho isso um sintoma de estupidez. Eu
nunca ouvi falar de político prescrever remédio. Estamos chegando ao
limite da estupidez que revela não mais despreparo, mas uma
irresponsabilidade assassina. Temos que, nas horas críticas, recorrer a
especialistas. Ele é um despreparado patológico”, acusa Ciro.
Leia também | Opinião de Érico Firmo - Cloroquina: debate político sobre tratamento médico
Para Ciro, o pronunciamento de Bolsonaro transmitido em rede nacional na noite dessa quarta-feira, 8, apenas demonstra que o presidente “não está preocupado com a morte”. Ele ainda reforça que as pessoas que precisam da cloroquina para tratar doenças autoimunes não conseguem mais comprar o remédio, “pois há uma automedicação prejudicial”.
Para Ciro, o pronunciamento de Bolsonaro transmitido em rede nacional na noite dessa quarta-feira, 8, apenas demonstra que o presidente “não está preocupado com a morte”. Ele ainda reforça que as pessoas que precisam da cloroquina para tratar doenças autoimunes não conseguem mais comprar o remédio, “pois há uma automedicação prejudicial”.
O político também reclama de defesas do isolamento
vertical por parte do presidente e a ameaça de demitir o ministro da
Saúde, Mandetta. “As pessoas vão morrer sem fôlego. É uma morte
horrorosa, e o Bolsonaro fica relativizando os dados. Essa baboseira de
manutenção de um ministro, não tá na hora de trocar por um terraplanista
para se oferecer o que Bolsonaro fala”, conclui.
Economia
Ciro Gomes defendeu, ainda em entrevista, que a crise
econômica brasileira não se deve ao coronavírus. Segundo ele, a economia
já estava vivendo a pior década devido ao colapso no consumo das
famílias, pelo desemprego e pela redução da renda.
"Só a cabeça do Paulo Guedes parou de ler [o cenário
socioeconômico] nos anos 80”, dispara. Ainda assim, Ciro elogia as
medidas de auxílio emergencial de R$ 600 e R$ 1.2 mil.