São Paulo é o epicentro da pandemia no Brasil. Até este domingo, o
Estado tinha 20.715 casos confirmados e 1.700 mortes de pessoas
infectadas pelo coronavírus. Outros Estados têm situação crítica por
conta da alta incidência e da sobrecarga nos sistemas de saúde.
No Rio de Janeiro, são 645 mortes e 7.111 casos. No Ceará, 5.833
contaminações e 327 vítimas. Em Pernambuco e no Amazonas foram
confirmadas, respectivamente, 415 e 304 mortes.
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Por iniciativa do presidente Jair Bolsonaro e do novo ministro da
Saúde, Nelson Teich, o governo estuda meios para relaxar medidas de
isolamento social. No entanto, como mostrou o Estado, faltam dados
básicos e importantes para formular a estratégia, como de taxa de
ocupação de leitos e de testes de diagnóstico nos Estados.
Ainda sob a gestão de Luiz Henrique Mandetta, o ministério determinou,
no início do mês, que hospitais públicos e privados de saúde informem o
número de leitos e a ocupação, mas as remessas ainda não são completas.
O governo brasileiro também enfrenta dificuldades para adquirir
respiradores, equipamentos necessários a pacientes com quadro grave de
covid-19. A compra de 15 mil aparelhos, negociada com empresa que os
traria da China, foi cancelada porque a firma não conseguiu
providenciá-los.
Há uma corrida mundial pelos equipamentos. Segundo o ministério
informou neste domingo, 26, o governo encerrará o mês com a entrega de
272 respiradores produzidos no Brasil. Para os próximos três meses o
ministério afirma que uma rede de empresas atenderá a demanda do Sistema
Único de Saúde (SUS), com 14.100 respiradores mecânicos.
De acordo com o ministério, o Brasil tem hoje 65.411
respiradores/ventiladores, dos quais 46.663 estão disponíveis no SUS. A
sobrecarga do sistema causada pela covid-19 aumenta a demanda por leitos
e por esses equipamentos em pacientes graves.
O País com maior número de mortos pelo novo coronavírus é o Estados Unidos, com 54.965 vítimas fatais. É seguido pela Itália, com 26.644, e pela Espanha, com 23.190. Na China,
onde surgiu a doença, houve 4.632 óbitos. O governo chinês, porém, é
criticado por falta de transparência nos relatórios sobre a situação da
doença. Os dados são compilados pelo site Worldometers, com base em
informações divulgadas pelos países.