A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na tarde desta
sexta-feira (27) que as contas de luz seguirão com a cobrança de um
custo adicional de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos
(kWh), estabelecidos quando a bandeira tarifária amarela está acionada.
A bandeira amarela já estava acionada em dezembro. Mas a sua manutenção
em janeiro foge do padrão histórico, já que usualmente durante o chamado
período chuvoso o preço da energia costuma cair e permitir o
acionamento da bandeira verde, quando não há cobrança adicional.
A Aneel explicou que a bandeira permanece amarela por causa do baixo
nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema
Interligado Nacional (SIN) e pelo regime de chuvas significativamente
abaixo do padrão histórico nessas regiões.
"A previsão hidrológica para janeiro aponta para a elevação gradativa
dos principais reservatórios, mas em patamares abaixo da média
histórica. Essa condição intermediária repercute na capacidade de
produção das hidrelétricas, ainda demandando acionamento de parte do
parque termelétrico, com impactos diretos na formação do preço da
energia (PLD) e nos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF)",
informou a Aneel, em nota. O PLD e o GSF são as duas variáveis que
determinam a cor da bandeira a ser acionada.
O sistema de bandeiras tarifárias está em vigor desde 2015 e tem como
objetivo sinalizar ao consumidor o custo real da energia gerada. As
cores verde, amarela ou vermelha indicam se a energia custará mais ou
menos em função das condições de geração.
Na cor verde, não há cobrança de taxa extra, indicando condições
favoráveis de geração de energia no País. Na bandeira amarela, a taxa
extra é de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha pode
ser acionada em um dos dois níveis cobrados: no primeiro nível, o
adicional passa é de R$ 4,169 a cada 100 kWh, enquanto no segundo nível,
a cobrança extra é de R$ 6,243 a cada 100 kWh.
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