quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Menção a Bolsonaro em depoimento de porteiro é arquivada pela PGR e STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, nesta quarta-feira, à imprensa que "não há nada" que vincule o presidente Jair Bolsonaro à investigação sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Aras disse que o presidente é "vítima" de uma possível denunciação caluniosa e vai pedir ao Ministério Público Federal do Rio que investigue os motivos da acusação contra Bolsonaro.

Aras afirmou que o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República já arquivaram uma notícia de fato, enviada ao STF pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que informava sobre a existência da menção ao nome do presidente na investigação sobre o assassinato da vereadora.

“Nos elementos informativos que o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro encaminhou ao Supremo que encaminhou à Procuradoria Geral da República, não há nada que vincule o presidente da República a qualquer evento. Não há nada. A minha assessoria ouviu todos os áudios (relativos ao condomínio de Bolsonaro) e não nenhuma participação do presidente ou de indício da voz do presidente”, afirmou Aras.

O procurador-geral afirmou que aceitou o pedido do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para apurar se houve "tentativa de envolvimento indevido" do nome do presidente Jair Bolsonaro no caso. Ontem, a TV Globo mostrou que registros do condomínio da Barra onde mora o presidente onde aparece que um dos suspeitos do assassinato da vereadora informou que iria a casa de Bolsonaro no dia do crime. O presidente, então deputado, estava em Brasília.