
Após 72 horas do desabamento do Edifício Andréa, no bairro
Dionísio Torres, na zona nobre de Fortaleza, bombeiros lutam contra o tempo em
busca de encontrar sobreviventes do desastre. As chances de localizar pessoas
ainda vivas em meio a toneladas de ferro, vigas, tijolos e muita areia estão
ficando cada vez, mais escassas. No entanto, os bombeiros prosseguem nas
escavações e retiradas de materiais e estão chegando a locais mais profundos em
meio aos destroços do imóvel.
Quatro pessoas estão na lista dos desaparecidos, entre elas,
a síndica do prédio, Maria das Graças Rodrigues, 70 anos, que, em um vídeo, foi
filmada no térreo do edifício no momento em que ocorre o desabamento. Também
estão sumidos um cuidador de idosos, uma empregada doméstica e um técnico de
ar-condicionado. Os três prestavam serviços nos apartamentos do Edifício
Andréa.
Nesta manhã de sexta-feira, podiam ser vistos à distância,
caminhões -caçamba e tratores que estão sendo novamente empregados na retirada
do entulho que se amontoou na esquina das ruas Tomás Acioli e Tibúrcio
Cavalcante, esquina que se transformou em lugar da tragédia na manhã de
terça-feira passada.
Apoio
Voluntários e grupos religiosos se revezam no entorno do
local da tragédia. Um desses pontos fica bem próximo ao mercadinho onde uma das
vítimas foi encontrada morta sob os escombros.
O estabelecimento ficava em
frente ao edifício.
Também nesta quinta-feira (17), um bombeiro militar ficou
ferido quando trabalhava na linha de frente do resgate nos escombros do edifício.
Ele foi atingido nos olhos com fagulhas de uma máquina que era usada no corte
de uma estrutura de ferro nas vigas do prédio que ruiu.
O militar foi atendido, inicialmente, no local,
em uma ambulância UTI-Móvel do Samu e, logo depois, transferido para o
IJF-Centro.