Na Festa Nacional da Artilharia (Fenart) em
Santa Maria (RS) no sábado, 15, Jair Bolsonaro defendeu o armamento da
população para evitar golpes de Estado. Ele não atendeu a imprensa.
"Nossa vida tem valor, mas tem algo muito mais valoroso
do que a nossa vida, que é a nossa liberdade. Além das Forças Armadas,
defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não
passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta.
Temos exemplo na América Latina. Não queremos repeti-los. Confiando no
povo, confiando nas Forças Armadas, esse mal cada vez mais se afasta de
nós", falou em pronunciamento.
O evento celebrou o aniversário do marechal Emílio Luiz
Mallet, seu patrono. Na cerimônia, o presidente da República assistiu a
uma encenação da Batalha de Tuiuti, de 1866, durante a guerra do
Paraguai, vencida pela Tríplice Aliança, que reuniu Brasil, Uruguai e
Argentina.
Antes da apresentação artística, um apoiador de
Bolsonaro lhe entregou um boneco do “pixuleko”, que representa o
ex-presidente Lula vestido como presidiário. O líder do Executivo
nacional, logo em seguida, deu tapas na figura e depois a jogou para
cima.
O presidente foi acompanhado por carreata até o evento do Exército.
Além dele, participaram da solenidade os ministros e o
general Edson Leal Pujol, comandante do Exército Brasileiro, e o general
Geraldo Antônio Miotto, do Comando Militar do Sul. "Precisamos, mais
que um parlamento, do povo ao nosso lado para que possamos impor uma
política que reflita em paz e alegria para todos nós", disse na ocasião.
“Persona non grata”
Há 26 anos, a cidade que recebeu Bolsonaro nesse
sábado, 15, lhe deu o título de "persona non grata". À época, o então
deputado federal defendeu o fechamento do Congresso e a volta da
ditadura em uma entrevista ao jornal A Razão. Por isso, a Câmara dos
Vereadores da cidade aprovou uma moção de repúdio contra ele, que nunca
foi revogada.