terça-feira, 25 de setembro de 2018

Tiririca atua como “puxador de votos” e recebe R$ 1,2 mi de fundo eleitoral

 
Como estratégia para “puxar” votos, o Partido da República (PR) investe na candidatura do palhaço Tiririca novamente. O cearense Francisco Everardo Oliveira Silva já se elegeu duas vezes, sendo em 2010 o candidato a deputado federal mais votado do estado de São Paulo, e em 2014 o segundo mais votado. Segundo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato recebeu R$ 1,2 milhão do fundo especial do PR. Tiririca utilizou quase todo o dinheiro investindo em propagandas na TV de humor. As informações são do portal UOL.
 
Assim como nas suas duas outras eleições, a expectativa do partido é de que o número alto de votos que o palhaço consegue adquirir ajude a eleger outros candidatos do PR. O quociente eleitoral é calculado pela divisão do número de votos válidos para deputados federais ou estaduais e o número de vagas disputadas. Assim, um candidato de um partido com muitos votos pode levar outros com menos votos para ocupar os espaços na Câmara e na Assembleia.
 
Outra candidata que deve funcionar como “puxadora de votos” é a policial militar (PM) Kátia Sastre. A agente de segurança matou um assaltante alegando auto defesa na frente da escola da filha, em maio deste ano. O caso ganhou repercussão nacional e a policial chegou a ser condecorada pelo governador de São Paulo, Márcio França. Ela também concorre a vaga de deputada federal pelo PR.
 
Tiririca afirmou em 2017 que iria desistir da política, dizendo estar “decepcionado”. Entretanto, em propaganda eleitoral deste ano, o palhaço disse que “enganou” os eleitores e anunciou que estava de volta para a terceira disputa. Uma das inserções na TV destas eleições já entrou nas fiscalizações da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. A imitação que Tiririca fez da cantora Jojo Todynho, enquanto cantava paródia da música “Que tiro foi esse”, foi considerada inadequada por tratar o processo democrático de forma jocosa e objetificar a imagem feminina.
Redação O POVO Online