Com medo do companheiro, a empregada doméstica Maria Regina Araújo,
de 44 anos, procurou a Justiça para pedir medida protetiva, mas teve sua
solicitação negada em 16 de agosto. Exatos dez dias depois, acabou se
tornando mais uma vítima de feminicídio pelas mãos do marido, o caseiro
Eduardo Gonçalves de Sousa, que está foragido.
O crime aconteceu na casa da família, na região do Itapoã (DF). Segundo o Correio Braziliense,
Maria Regina preparou um almoço para receber amigos e familiares. Ela
teria colocado um colchão em outro quarto para Eduardo dormir, o que
teria deixado o homem irritado.
Assim que a reunião acabou, Eduardo deu carona para alguns dos
convidados e, ao retornar para casa, atacou a mulher. A filha mais nova
do casal, de 8 anos, gritou ao irmão, de 18, que o pai estaria
enforcando a mãe. O adolescente já encontrou Maria Regina no chão,
ensanguentada.
O homem fugiu a pé e permanece foragido. Policiais tentam localizá-lo.
CRIME PREMEDITADO
Amigos de Maria Regina acreditam que Eduardo premeditou o crime. Uma
semana antes de assassinar a companheira, ele pediu demissão do emprego,
fez empréstimo e chegou a enviar fotos de caixões para amigas próximas
dela – ele acreditava que elas a incentivavam a pedir a separação.
Segundo pessoas próximas à
vítima, Maria Regina chegou a comentar sobre os recentes casos de
violência contra a mulher e desconfiava que o mesmo poderia acontecer
com ela.